Ao menos 8 comunidades indígenas foram atingidas por novas queimadas no extremo sul da Bahia. A informação é do Movimento Indígena da Bahia (Miba). Desde sábado (2), cerca de mil hectares de Mata Atlântica, entre as cidades de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, foram destruídos pelo fogo. O território equivale a 1.500 campos de futebol.
Informações divulgadas pelo g1 bahia apontam que animais também foram mortos, já que a área afetada abriga centenas de espécies nativas da Mata Atlântica, importantes para a fauna e flora entre Santa Cruz Cabrália e Belmonte. A destruição se estende por mais de 30 km na Área de Proteção Ambiental (APA) Santo Antônio.
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Logo que as queimadas começaram, bombeiros, brigadistas do PrevFogo, servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e voluntários trabalham para conter as chamas. Bombeiros militares de outras regiões do estado também foram acionados para atuar, mas ainda há necessidade de reforço.
"Nós hoje estamos aqui com 50 homens dedicados à operação e as principais dificuldades são os acessos aos focos de incêndio. Nós temos dificuldade por conta dos pontos serem remotos. Muitas vezes precisamos pegar o suprimento de combate ao incêndio através das mochilas costais para chegar ao foco e fazer o combate de forma específica", explicou o capitão Henrique Barreto, comandante da operação, em entrevista à TV Santa Cruz, afiliada da TV Bahia.
Dadas as características do bioma, considerado denso, o cacique Zeca Pataxó, coordenador do Miba, pede o envio de mais equipamentos e pessoal para conter os incêndios. O comandante do Corpo de Bombeiros da Bahia, coronel Adson Marchesini, informou que oito aeronaves atuam no combate.
Mayra Lopes
Mayra Lopes
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