A assessora da ministra Anielle Franco, Marcelle Decothé da Silva, foi exonerada do cargo no Ministério da Igualdade Racial na noite da terça-feira (26) em edição extra do Diário Oficial, após a declaração que causou polêmica nas redes sociais sobre a torcida do São Paulo durante a final da Copa do Brasil no último final de semana.
Marcelle, que era chefe da assessoria especial da pasta, criticou a torcida do Tricolor Paulista durante o jogo contra o Flamengo, enquanto assistia a partida ao lado da ministra.
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"Torcida que não canta, descendente de europeu safade... Pior tudo de pauliste", escreveu Marcelle usando a linguagem neutra.
Em uma outra postagem, a ex-assessora fez um gesto obsceno no meio da torcida do São Paulo e lamentou estar usando o carro da Polícia Federal. Marcelle também viajou para o jogo no avião da Força Aérea Brasileira, junto com Anielle.
Após a repercussão negativa das declarações de Marcelle, o Ministério da Igualdade informou o desligamento da servidora.
"Com nove meses de atual gestão e um legado de luta de muitas e muitos que constroem as políticas de enfrentamento ao racismo no país, reerguemos a agenda de ações afirmativas e colocamos em prática medidas fundamentais de inclusão e valorização da população negra. Esta é uma luta que se configura como compromisso de governo e política de Estado, por isso seguiremos realizando as transformações sociais que a sociedade brasileira e os povos negros, quilombolas e ciganos almejam, prezando pela boa conduta das servidoras e servidores que compõem o nosso quadro."
De acordo com esses princípios, e para evitar que atitudes não alinhadas a esse propósito interfiram no cumprimento de nossa missão institucional, informamos que Marcelle Decothé da Silva foi exonerada do cargo de Chefe da Assessoria Especial deste Ministério na data de hoje.
— Ministério da Igualdade Racial 🇧🇷 (@igualracial_gov) September 26, 2023
Marcelle recebia um salário de R$ 17,1 mil por mês pelo cargo na pasta. A ex-assessora assumiu a função em fevereiro, quando ganhou o cargo comissionado executivo para trabalhar por 40 horas semanais como chefe da assessoria especial.
