Giovani Damico, candidato à Prefeitura de Salvador pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), se posicionou contra a privatização de empresas públicas. Durante sabatina da Central de Eleições da Rede Bahia, nesta quarta-feira (14), o candidato opinou sobre o assunto.
Giovani Damico afirmou ser contra a privatização de empresas públicas, mas disse que é necessário analisar os casos individualmente. "Via de regra, contra. Eu acho que a gente tem que olhar caso a caso. Nem todo o poder público estará em melhores condições de gerenciar. Na maior parte dos casos, as privatizações têm piorado o serviço, encarecido o serviço. Então, como uma regra geral, contra", disse o candidato.
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Giovani Damico foi o terceiro entrevistado na série do g1, TV Bahia, iBahia e plataformas digitais da Bahia FM com os candidatos à prefeitura de Salvador. A ordem das entrevistas foi estabelecida por meio de sorteio. As sabatinas são realizadas aos vivo, entre 12 e 19 de agosto, às 9h30, com transmissão no g1 Bahia.
Durante a sabatina, ele afirmou que, se eleito, pretende mudar os investimentos atuais no Carnaval de Salvador e destinar terrenos da Prefeitura para a construção de habitações sociais.
Damico destacou que os circuitos comerciais, especialmente o Barra-Ondina, estão saturados. Ele defende que a Prefeitura redirecione os investimentos para os carnavais de bairro. Segundo ele, os grandes artistas que se apresentam nos circuitos comerciais já contam com orçamentos e patrocínios de grandes marcas, e, diante disso, não precisam do financiamento público.
"Chegou em um ponto de saturação que tem colocado inclusive as vidas em risco. Existe um modelo de funcionamento do Carnaval que gera emprego, renda, recursos, especialmente para o turismo, mas que tem mostrado graves limitações. Não quer dizer que a Prefeitura deixa de organizar o Carnaval no Centro e nesses circuitos comerciais. Mas ela focaria seus recursos na organização de alternativas culturais", afirmou.
Giovani Damico também falou do problema das moradias inadequadas em Salvador, de segurança pública e comentou sobre um possível segundo turno entre os candidatos Bruno Reis (União Brasil) e Geraldo Júnior (MDB).
Confira aqui os principais pontos abordados pelo candidato.
Pinga fogo com Giovani Damico, candidato à Prefeitura de Salvador pelo PCB
Você é contra ou a favor da redução da maioridade penal para 16 anos?
"Contra. Eu acho que é um mecanismo que não melhora a situação. A gente precisa promover oportunidade para esse jovem não entrar no crime. Não é criminalizar ainda mais o jovem".
Você é contra ou favor do uso de câmeras nas fardas dos policiais?
"Eu sou a favor. Eu acho que é pouco, mas um bom ponto de partida".
Você é contra ou a favor do foro privilegiado para políticos?
"Contra. Eu acho que ele complica as coisas e dá margem para a gente ter pouca transparência".
Você é contra ou a favor da concessão ou privatização de empresas públicas?
"Via de regra, contra. Eu acho que a gente tem que olhar caso a caso. Nem todo o poder público estará em melhores condições de gerenciar. Na maior parte dos casos, as privatizações têm piorado o serviço, encarecido o serviço. Então, como uma regra geral, contra".
Você é contra ou a favor de militares em cargos executivos?
"Eu acho complicado. Eu acho que a gente tem atribuições diferentes. Os militares devem estar nos aparelhos de pensar políticas de segurança, de executar políticas de segurança, e dentro dos cargos executivos a gente acaba misturando".
Você é contra ou a favor de cotas nas universidades públicas?
"A favor. Agora, também acho, que essa é uma medida que não dá conta do problema como um todo. Assim como as câmeras, elas são uma parte da solução, mas a gente precisa de outras medidas para equiparar as condições de entrada dos nossos jovens nas universidades, concursos, etc".
Você é contra ou a favor da legalização da maconha?
"A favor. Inclusive, eu acho que a legalização da maconha deveria estar em um debate mais amplo, que é a legalização das drogas. Volta aquilo que eu falei do 'RH do crime'. Aí gera mais um recurso humano. Agora a gente vai para um recurso material. Se a gente tira do crime, hoje, o que lhe dá fonte de recursos em dinheiro, a gente acaba inviabilizando a estrutura do crime como ela é hoje".
Você é contra ou a favor da prisão da mulher em caso de aborto?
"Eu acho completamente absurdo e arbitrário, o poder público querer gerenciar o corpo das mulheres. Então, eu acho que deve ser uma escolha individual".
Você é contra ou a favor da adoção de crianças por casais homoafetivos?
"A favor. Eu acho que os critérios a serem levados em consideração são critérios afetivos, são critérios de estabilidade emocional, de lar, de capacidade de ofertar saúde, educação e cuidados. Acho que esses que são os focos e prioridades".
Redação iBahia
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