Quem precisa se locomover de ônibus, em Salvador, sofre com diversas dificuldades: veículos velhos, pontos sem proteção contra chuva ou sol forte, além de veículos que passam sempre cheios e, muitas vezes, não param nos lugares solicitados. Tudo isso se agrava ainda mais com os longos engarrafamentos, que se intensificam, sobretudo, entre às 17h e 19h. Não é raro ver usuários insatisfeitos com a prestação do serviço indeficiente, principalmente quando se pensa no alto valor cobrado pela tarifa. Este é o caso de Lucas Costa e Ralete Trindade, que procuravam emprego em um shopping na Avenida Antônio Carlos Magalhães, na última sexta-feira. Os jovens esperaram o coletivo por cerca de uma hora para irem até o Subúrbio de Salvador. “Já passaram dois ônibus e não conseguimos entrar de tão cheio que estavam”, contou a estudante de 17 anos. Já Fabrícia de Santana, que mora no Cabula, também tem uma rotina difícil: acorda às 5h da manhã para chegar ao trabalho, que começa às 9h, no bairro da Graça. “Preciso pegar dois ônibus para ir e dois para voltar, pois não há linha direta”. A recepcionista ainda reclama da falta de segurança e iluminação nos pontos, além do engarrafamento que pega no trajeto para casa, onde só consegue chegar depois das 20h30. Aumentos - A população da capital baiana reclama sobre o fato de ter de pagar mais caro e não contar com bons serviços. O valor da passagem, hoje R$ 2,50, pode aumentar ainda mais se os rodoviários conseguirem o reajuste de salário de 18%, que solicitam com o movimento de paralisação. Os trabalhadores ainda pedem pagamento de tickets alimentação e folga aos finais de semana. Entretanto, a assessora de imprensa da Secretaria Municipal de Transportes e Infra-estrutura, Norma Rangel, garante que não há a menor possibilidade de um aumento da passagem acontecer, já que em janeiro deste ano houve reajuste. Ainda segundo a assessoria da Setin, os pontos de ônibus são terceirizados em um contrato da gestão do ex-prefeito Antônio Imbassahy. Porém, a prefeitura deve cuidar da manutenção destes locais. “O grande problema de Salvador é o vandalismo. Vemos sujeira e depredação em toda parte. A prefeitura está gastando mais em reparações do que em construções de novos projetos”, afirma. A população pode denuncia à prefeitura casos de vandalismo pelo número 156.A ocorrência é encaminhada para as secretarias responsáveis.
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