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Publicitário baiano empreende na cena do Hip Hop

Rangell Santana está no ramo da cultura de rua há mais de 20 anos e aprendeu como é possível empreender

Redação iBahia • 28/09/2016 às 16:22 • Atualizada em 31/08/2022 às 10:03 - há XX semanas

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O que é ter "uma alma livre" para você? Ser dono do próprio negócio? Ter as suas próprias regras? Para Rangell Santana, músico e publicitário famoso da cena baiana do Hip Hop e mais conhecido como Mobbiu, é tudo isso e mais um pouco. Para o criador da Afreeka Store, loja localizada no bairro dos Barris, em Salvador, é um conceito inerente a vida, que dialoga tanto na pessoal, quanto na profissional, assim como a marca do seu empreendimento, que leva o "free", a liberdade, não apenas no nome, mas na própria concepção."A ideia da marca Afreeka surgiu quando eu ainda tinha a marca Muro, com o Marechal, mas eu queria desenvolver uma marca com identidade negra, com conceito de liberdade e futurismo. Terminamos a sociedade e foi então que troquei o 'fri' de Africa pelo 'free', que simboliza o ser livre", contou o publicitário da marca urbana existente desde abril de 2014 e que funciona para além de uma loja de vestuário e estilo, mas como produtora cultura na capital. "Nós, a equipe, Robson Veio (sócio), Camila Mota (projetos), João Henrique (produção) e Ana Patrícia (financeiro), consideramos Salvador uma grande cidade a nível mundial, sobretudo pela questão da sua negritude e sua luta".

				
					Publicitário baiano empreende na cena do Hip Hop
Foto: Divulgação
A marca tornou-se também um símbolo de comportamento. Rangell, que é filho de mecânico industrial e de costureira, está no ramo da cultura de rua há mais de 20 anos, aprendeu como é possível empreender e tirar o sustento disso. "Como loja também é um espaço cultural. Entretanto, fazemos parte de um movimento maior, porque diversas atividades não ocorrem dentro da Afreeka, mas é promovida por nós. Fazemos festas de Hip Hop. Eventos culturais para a galera se divertir, tirar uma onda, vestir roupa nova, beber, namorar", disse ao se referir a Festa da Afreeka, que pode ocorrer até três vezes ao ano.Para o também MC, um dos grandes desafios enfrentados em Salvador são as próprias pessoas. "Precisam se permitir mais. Serem mais ambiciosas. Viver mais. Aproveitar o melhor delas e dos outros ao redor. Pensar fora da caixa", reclama. "Eu amo a cidade. As pessoas daqui. Acho que temos muito a mostrar ao mundo. Tenho uma fé inabalável de que, futuramente, estaremos no topo do mundo", pondera. Para contribuir nessa visibilidade, em breve a Afreeka lançará um projeto de formações em tendências culturais. Para quem quer empreender, o conselho: "empreenda em algo que viva, ame, entenda muito e não tenha como trabalho, mas como estilo de vida". Rangell destaca ainda que por ser um homem, negro, só de "estar vivo isso já é uma conquista". "Sou de periferia. Vim do barro, sem nada. A gente passa no dia a dia várias dificuldades para poder estar vivo de verdade. Hoje, após aprendermos muito, a gente planeja ser uma marca mundial e vestir o mundo com as marcas da liberdade".*Midiã é jornalista e responsável pelo site Lista Negra, que conta histórias de vida de empreendedores negros e escreve para o iBahia.com quinzenalmente às quartas-feiras.

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