As causas para abortamentos de repetição são diversas e, ao contrário do que muitos pensam, não se restringem apenas à idade das mulheres. O fator etário, porém, não pode ser desprezado: frequentemente, alterações genéticas no feto, as quais são incompatíveis com a vida e acarretam aborto espontâneo, são mais comuns em genitoras com mais de 35 anos - da mesma forma em que espermatozoides de homens com mais de 50 anos, especialmente, podem sofrer mutações que inviabilizem o desenvolvimento do bebê.Além disso, dentre as possíveis causas, estão, também:a)Infecções na mulher: caso ocorram na fase inicial da gravidez, aumentam o risco de aborto e podem levar à malformação no bebê, com sequelas após o nascimento. Para a prevenção, é importante realizar uma avaliação ginecológica antes de tentar engravidar. b)Colo curto (Incompetência Istmo Cervical): trata-se de uma alteração no colo, incompetente em segurar uma gestação. O problema pode ser corrigido de forma eficaz por meio de cirurgia. c)Trombofilia: doenças que aumentam o risco de trombose, podem impactar negativamente na gravidez. A trombose no local de implantação do embrião no útero pode atrapalhar a fixação do embrião, levando a não ocorrência de gravidez.d)Alterações na forma do útero: valendo-se de exames de ultrassonografia, é possível identificar problemas que estejam prejudicando a manutenção da gravidez, como septos, pólipos e miomas na cavidade uterina.e)Alterações dos hormônios femininos: os ciclos menstruais curtos (intervalo menor que 21 dias) ou muito longos (intervalo maior que 35 dias) são sugestivos de uma alteração hormonal, podendo ocasionar dificuldade na gravidez e favorecendo abortos.f)Alterações no DNA do espermatozoide: outra possibilidade para a ocorrência de abortos repetidos, o exame indicado para a investigação é o teste de fragmentação do DNA espermático, considerando alterado quando a fragmentação é maior que 15%.g)Fatores imunológicos: existe a possibilidade de rejeição da mãe pela parte paterna do embrião. Os anticorpos produzidos contra o próprio indivíduo, os autoanticorpos, muito frequentes em doenças da tireoide em mulheres, podem também levar a um aborto. O problema pode ser corrigido com tratamento específico. As causas de abortamentos repetitivos devem ser investigadas e, a partir do diagnóstico médico, tratadas de forma correta e eficaz. Na maioria dos casos, é possível reverter o quadro e evitar episódios semelhantes. <br/>O aborto espontâneo ocorre em aproximadamente 15% das gestações de mulheres com idade até 35 anos. Esta taxa aumenta proporcionalmente com a idade, podendo chegar a 30 - 40% nas mulheres acima de 40 anos. Contudo, a ocorrência de mais de um aborto espontâneo não pode ser considerada normal. A partir do segundo caso de aborto, deve ser feita uma investigação criteriosa para identificar a causa e tratar o problema antes de uma nova gravidez.
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