As mulheres que amamentam seus filhos têm riscos substancialmente menores de desenvolver câncer uterino, disseram pesquisadores do Instituto de Pesquisa Médica QIMR Berghofer da Austrália. A Dra. Susan Jordan, chefe do grupo de pesquisas, afirmou que as mulheres que amamentam pelo menos uma criança têm um risco menor de contrair câncer do útero. A informação é da agência Xinhua.
"Descobrimos que quanto mais as mulheres amamentavam, menor o risco de contrair câncer uterino, até nove meses, quando a redução do risco se estabiliza", disse a cientista. A pesquisa sobre a ligação entre a amamentação e essa enfermidade foi a maior já realizada até agora, com a equipe da QIMR Berghofer analisando dados coletados de mais de 26 mil australianas, com mais de 9 mil mulheres com câncer uterino.
"Descobrimos que as mulheres que já amamentaram tinham um risco 11% menor de desenvolver câncer uterino do que as mulheres que nunca amamentaram", comentou a pesquisadora.
Também foi observada uma correlação interessante entre a duração da amamentação e subsequente redução da probabilidade de contrair câncer uterino, com mulheres que amamentaram por três a seis meses apresentado um risco 7% menor de desenvolver esse câncer e mulheres que amamentaram por seis a nove meses tendo seu risco reduzido em 11%.
"Em outras palavras, uma mulher que amamentou duas crianças por nove meses apresentou cerca de 22% menos risco de câncer de útero do que uma mulher que nunca amamentou", disse a Dra. Susan Jordan. No entanto, como nem todas as mulheres são capazes de amamentar, ela explicou que existem outras coisas que elas podem fazer para reduzir o risco de câncer do endométrio ou uterino.
"Ter um bebê reduz seu risco. De modo semelhante, tomar a pílula contraceptiva oral pode reduzir o risco de câncer do endométrio, mas provavelmente a melhor coisa a fazer é garantir que você tenha um estilo de vida saudável. Coma bem, evite ter sobrepeso e exercite-se regularmente, estas são todas coisas importantes para reduzir o risco de câncer uterino", disse a médica.
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Redação iBahia
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