A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta semana o registro de um novo medicamento para tratar malária. A tafenoquina é administrada em dose única para a cura radical, que previne recidivas.
Há mais de 60 anos não havia novidade no tratamento da doença. A expectativa é melhorar a adesão ao tratamento padrão que é feito hoje, com a primaquina administrada por sete ou 14 dias.
A tafenoquina será indicada para pacientes com 16 anos ou mais que estejam recebendo tratamento para infecção aguda causada pelo parasita transmissor da malária P. vivax, transportado pela fêmea do mosquito Anopheles.
O Brasil se tornou o primeiro país com malária endêmica a aprovar a tafenoquina. Antes de a medicação ser disponibilizada à população, o Ministério da Saúde conduzirá, em parceria com a Medicines for Malaria Venture (MMV), um estudo de viabilidade com o objetivo de testar a tafenoquina com o teste da enzima G6PD no cenário de vida real.
Este estudo, chamado TRuST, será realizado em Manaus (AM) e Porto Velho (RO). A conclusão está prevista para o primeiro trimestre de 2021, e os resultados ajudarão o Ministério da Saúde na decisão sobre a melhor forma de disponibilizar a tafenoquina em áreas endêmicas do P. vivax.
O parasita P. vivax, predominante no Brasil e nos países vizinhos, é responsável globalmente por cerca de 7,5 milhões de casos de malária por ano, principalmente no Sul da Ásia, no Sudeste Asiático, Chifre da África e América Latina.
A malária provoca febre, calafrio, vômito, mal-estar, dor de cabeça e dores musculares e, em alguns casos, pode ser fatal. O Kozenis (succinato de tafenoquina) foi registrado pelo laboratório GSK e será comercializado em embalagens de 150mg de tafenoquina com duas unidades.
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Redação iBahia
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