iBahia > saúde
SAÚDE

Campanha Janeiro Roxo alerta sobre a hanseníase

Morte do menino portador de hanseníase em Mato Grosso reforça a importância do combate

Redação iBahia • 04/01/2018 às 9:51 • Atualizada em 31/08/2022 às 23:45

Google News siga o iBahia no Google News!
O governo e associações médicas fazem campanha janeiro roxo com foco no combate à hanseníase. Em Mato Grosso, um menino de 11 anos, portador da doença, morreu no primeiro dia do ano, que marcou também o início da campanha.
A criança foi internada no domingo (31) com infecção generalizada e morreu na madrugada do dia 1º de janeiro, no Hospital Regional de Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá. Daniel Rodrigues Santiago era portador de hanseníase multibacilar e estava em tratamento há três meses.
Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan), Mato Grosso registra as maiores taxas de detecção de hanseníase do país. Em 2016, foram detectados 2.658 casos novos, o que equivale a 80,4 registros para cada 100 mil habitantes. O índice representa uma redução em relação a 2015, que teve taxa de detecção de novos casos da doença de 93 para 100 mil habitantes, totalizando 3.037 registros.
A técnica do Programa Estadual de Controle de Hanseníase de Mato Grosso Rejane Finotti relatou que a morte está sendo investigada e os médicos trabalham com a hipótese de intolerância aos medicamentos. "Não ocorre óbito por hanseníase. O que pode ocorrer é intolerância medicamentosa. Logo no início do tratamento, [o paciente] é orientado a procurar a unidade de saúde caso sinta algum sintoma diferente", disse.
A morte do menino portador de hanseníase em Mato Grosso reforça a importância do combate e prevenção à doença. Este mês, diversas organizações da sociedade civil, ministério e secretarias de Saúde promovem a campanha Janeiro Roxo. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia, Cláudio Salgado, nos últimos 10 anos o número de casos caiu no país, mas a falta de tratamento dos casos existentes aumentou o número pessoas com incapacidade física.
"Sabemos que a nossa rede de atenção básica não está funcionando a contento, deveria funcionar melhor, as referências não estão sendo capacitadas, estão sobrecarregadas. Temos feito diagnósticos tardios. Temos mais pessoas chegando para fazer o tratamento, já que há capacidade física instalada, o que significa que você vai ter mais problemas e vai sobrecarregar ainda mais o sistema."
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa e transmitida de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para uma pessoa saudável suscetível. Embora tenha cura, a doença pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento não for feito adequadamente. A orientação é que as pessoas procurem o serviço de saúde assim que perceberem o aparecimento de manchas, de qualquer cor, em qualquer parte do corpo, principalmente se ela apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque. Após iniciado o tratamento, o paciente para de transmitir a doença quase imediatamente.

TAGS:

Campanha Hanseníase Saúde

RELACIONADAS:

Bahia FM faz transmissão ao vivo dos shows do Viva Salvador e do Pablo

Bahia FM no aniversário da cidade

Bahia FM faz transmissão ao vivo dos shows do Viva Salvador e do Pablo

Salvador tem alterações no trânsito para eventos neste final de semana

Trânsito alterado

Salvador tem alterações no trânsito para eventos neste final de semana

Rede Bahia recebe UPB em evento sobre comunicação pública

Comunicação Pública

Rede Bahia recebe UPB em evento sobre comunicação pública

Árvore de grande porte atinge 4 veículos em Amaralina, Salvador

Prejuízo

Árvore de grande porte atinge 4 veículos em Amaralina, Salvador

Centro de natação desviava cerca de 700 mil litros de água por ano

Extremo Sul

Centro de natação desviava cerca de 700 mil litros de água por ano

NEOJIBA recebe o violoncelista Matias de Oliveira no dia 10 de abril

Música

NEOJIBA recebe o violoncelista Matias de Oliveira no dia 10 de abril

MAIS EM SAÚDE :

Ver mais em Saúde