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SAÚDE

Doença do beijo: saiba como prevenir e tratar a mononucleose

Parecem os sintomas de uma gripe normal, mas a manifestação da mononucleose pode se complicar se não for bem tratada

• 09/03/2014 às 10:13 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:28 - há XX semanas

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Febre, gânglios do pescoço e das axilas doloridos e inchados, comprometimento do fígado e do baço, dor no corpo e na garganta. Nem só de Lepo Lepo são feitas as doenças de Carnaval. Com sintomas muito parecidos, a mononucleose – conhecida como doença do beijo - também ataca nesta época do ano e, ardilosa, pode ficar incubada de 30 a 45 dias no organismo para só depois revelar os sinais de contaminação. De acordo com o infectologista Antônio Bandeira, diretor da área de Infectologia no Hospital Aliança, a mononucleose costuma acometer principalmente os adolescentes, quando despertam para a vida sexual, tendo seu pico de incidência entre os 15 e os 25 anos. “O vírus responsável pela doença é o Epstein-Barr, da família Herpesviridae, transmitido pela saliva contaminada num contato íntimo entre as pessoas, daí o nome doença do beijo”, esclarece. O médico também ressalta que o beijo, tão exaustivamente praticado no reinado de Momo, também funciona como porta de entrada das viroses e outras doenças infecciosas típicas dessa época, a exemplo da própria gripe (Influenza), das gengivites e cárie, essas últimas causadas por bactérias. Os vírus transmitidos nesse período do ano também causam desconfortos intestinais, além de vômitos, dor de cabeça, náuseas e mal-estar generalizado. EntradaBeijar movimenta 29 músculos e queima aproximadamente 12 calorias. Mas, em apenas um beijo, duas pessoas trocam, em média, 250 bactérias e podem transmitir ou contrair doenças variadas. Para a cirurgiã dentista e membro da Associação Baiana de Odontologia Amélia Duarte a combinação de vários dias sem descanso adequado, debaixo de sol intenso, sem hidratação e alimentação equilibradas diminui a imunidade do corpo e a pessoa fica mais suscetível às doenças. “O ato de beijar, compartilhar talheres, a socialização da mesma escova de dente e até mesmo o hábito materno de experimentar a papinha do bebê podem ser decisivos na transmissão dos micro-organismos da cárie
(Streptococus do grupo mutans)”, pontua a dentista. Para minimizar a contaminação por bactérias no pós- Carnaval, a dica é caprichar na escovação e não abrir mão do fio dental diariamente. “Com esses cuidados, é possível fortalecer a imunidade bucal, evitando que as bactérias encontrem ambiente propício ao desenvolvimento”, orienta a dentista. Com uma postura parecida, o professor da Universidade Federal da Bahia e infectologista Carlos Brites destaca que as aglomerações, noites perdidas e os excessos da folia fazem o período ideal para a proliferação de vírus. Como se não bastasse, a presença de estrangeiros, muitos residentes em países que atravessam o Inverno e o período de viroses, faz com que variações do Influenza, responsável pelas gripes, contaminem a população. “Pelo fato de reunir muita gente num mesmo espaço, do período facilitar muito contato físico e os desgastes típicos da má alimentação e falta de sono, além dos abusos de álcool, esse período é ideal para a proliferação desses agentes infecciosos”, lembra o médico. RepousoCarlos Brites destaca que para a virose não roubar completamente as forças dos foliões e da população em geral, o ideal é apostar numa receita baseada em repouso, boa alimentação e consumo de muita água. “A junção desses fatores permite que o ciclo se complete e que o corpo responda da melhor forma possível”, diz o médico. Reforçando as recomendações do colega, Antônio Bandeira lembra que, embora a mononucleose termine por si mesma, é importante cuidar dos sintomas e aumentar a resistência do organismo. “A mononucleose – como a maioria dos vírus – é autolimitado, mas, quando negligenciada, o quadro de saúde pode vir a complicar, gerando hepatite grave”, completa. Por fim, Carlos Brites lembra que não existe remédio que combata os vírus. A vacina deve ser usada de maneira preventiva e não como forma de tratamento. “Quando o problema está instalado, a alternativa é buscar um médico para eliminar qualquer risco de confundir uma virose típica com outras doenças respiratórias ou alérgicas, tratar os sintomas, repousar e tratar bem o corpo para que o organismo possa combater o agente causador”, completa. *Matéria original: Doença do beijo: repouso, boa alimentação e água ajudam na recuperação da mononucleose

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