O espasmo na lombar sofrido pelo jogador brasileiro Marcelo é bem comum entre atletas e pessoas comuns. O famoso “mau jeito” é um mecanismo de proteção do corpo, ativado para isolar o músculo de um problema maior.
— O músculo se contrai involuntariamente. O espasmo é uma contratura secundária a algum estímulo nocivo, como um movimento brusco da coluna — afirma Adriano Scaff, neurocirurgião especializado em dores de coluna.
Rodrigo Lasmar, médico da Seleção Brasileira, apontou o colchão macio do hotel onde o lateral-esquerdo e a equipe dormiram antes da partida contra a Sérvia como um possível motivo para o espasmo.
— Se o colchão for de espuma, o ideal é que a densidade dele seja adequada para o peso da pessoa. Se ele for muito duro, podem ocorrer pontos de pressão sobre algumas partes do corpo. Mas se for muito mole, a pessoa afunda e fica com algumas posturas que aumentam as chances de lesão — explica o ortopedista Luiz Cláudio Lacerda.
A predisposição para dores nas costas e a ansiedade diante de uma partida decisiva podem ter contribuído para as dores que o camisa 12 sentiu.
— Situações como esta aumentam a secreção de hormônios do estresse, podem prejudicar o sono e a reparação dos tecidos no período de reparação, deixando mais suscetível à fadiga e à lesões — diz Daniel Ramallo, ortopedista do hospital Copa D'Or.
Prevenção
Posição
Evite ficar na mesma posição por muito tempo, seja em pé ou sentado, principalmente se sua posição estiver curvada. Mude com frequência.
Colchão
Escolha um colchão que seja adequado para seu tamanho e peso. É normal o corpo sentir o período de adaptação, mas se as dores forem frequentes, é melhor investigar se o objeto está prejudicando sua coluna.
Reforço físico
Para quem não é atleta, é importante fazer um trabalho de fortalecimento muscular, principalmente das costas. Um músculo fraco fica mais exposto a lesões.
Relaxamento
Já atletas precisam respeitar o tempo de descanso para que o músculo de regenere.
Predisposição
Se você tem predisposição a dores nas costas, é fundamental evitar os fatores desencadeantes listados a cima para prevenir crises.
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Redação iBahia
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