Liquidificador, aspirador de pó, máquina de lavar. Mesmo sem sair de casa, todas as pessoas estão, frequentemente, expostas a ruídos nada agradáveis. Além disso, ainda há o som das ruas e também os barulhos produzidos no ambiente de trabalho, o que, somado ao longo de anos, pode desencadear problemas auditivos irreversíveis em quem não toma precauções diárias. Segundo o otorrinolaringologista Marcio Freitas, alguns sinais indicam que a exposição ao ruído está excessiva e, dessa forma, tende a causar prejuízos. "É preciso ficar alerta quando escutamos zumbido, tontura, piora gradativa da audição e irritabilidade após escutarmos barulhos intensos", explica. O médico ressalta que, em geral, sons com intensidade superior a 80 decibéis causam problemas. Como meio de controle, existe uma tabela usada para limitar o volume de equipamentos de som, aparelhos eletrodomésticos e máquinas em geral. Ela também regulamenta o barulho presente em fábricas, por exemplo. Conforme Freitas, as empresas têm que, obrigatoriamente, medir a intensidade de ruído ao que os funcionários ficam expostos. Essa avaliação deve ser realizada por um técnico do trabalho utilizando o decibelímetro. Em ambientes nos quais é constatado barulho acima dos 80 decibéis os colaboradores precisam usar protetores para evitar prejuízos auditivos. Ele ainda chama atenção para o exagero do volume de aparelhos de uso doméstico, principalmente, aqueles conectados a fones de ouvido. Com o passar do tempo e de forma gradual, eles também causam perda auditiva. "É sempre indicado reduzir a exposição e respeitar os limites de decibéis indicados pelos especialistas", avisa. Saiba mais Estima-se que, no Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas possuem deficiência auditiva. No mundo, 10% da população são afetados pelo problema. Segundo estudos, 30% a 35% dos casos de perda auditiva são decorrentes da exposição a sons intensos, sejam eles em ambiente profissional ou em lazer (como shows ou aparelhos eletrônicos).
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