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SAÚDE

Gravidez na adolescência é tema de campanha mundial

O evento é destinado somente aos profissionais da área de saúde, que trabalham com adolescentes

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25/09/2010 às 13:50 • Atualizada em 28/08/2022 às 3:07 - há XX semanas
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Neste domingo (26), mais de 70 países da Europa, Ásia e América Latina, participam pelo quarto ano consecutivo do Dia Mundial da Prevenção da Gravidez na Adolescência 2010. A data é promovida por organizações não governamentais e sociedades médicas internacionais. No Brasil, somente as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba farão ações de conscientização da causa. Em Salvador, a data coincide com o VI Seminário em comemoração ao dia Municipal do Adolescente, que acontece neste final de semana. O evento é destinado somente aos profissionais da área de saúde, que trabalham com adolescentes, mas apesar do tema, o seminário não pretende abordar a questão da gravidez. O assunto, embora ainda tenha bastante impacto na sociedade, com o passar dos anos, se tornou menos frequente na Bahia, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Em 2006, o registro de adolescentes grávidas entre dez e 19 anos é de 53,351 mil. E em 2009, 45,355 mil meninas, representaram 21,9% do total de adolescentes, que estão grávidas no estado. Mesmo diante dos dados, para a médica obstetra Maria do Carmo Andrade, o número de adolescentes grávidas aumentou consideravelmente nos últimos anos. Maria acredita que o apelo sexual nos programas de TV, as músicas com letras de duplo sentido, as danças excessivamente sensuais, e principalmente a falta de freio nas escolas, influenciam muito no comportamento precoce das meninas, que também utilizam a gravidez como forma de se destacarem nos ambientes que frequentam. Como relembra o psicólogo Frederico Lima, ao citar o caso do filme Juno, onde a garota de 16 anos engravidou do namorado para chamar atenção da sociedade. “É uma situação multifacetada, com várias razões em questão, não somente a falta de atenção dos pais. A gravidez acaba sendo uma forma que as garotas encontram de ganhar mais atenção e se sentirem existentes”. A médica Maria do Carmo conta que a maioria das meninas grávidas nunca haviam tido uma consulta com o ginecologista, muitas vezes por falta de consciência, principalmente de suas mães, e alerta ainda para o risco de doenças tanto para as jovens mães como para os bebês. “A maioria das meninas não fazem o preventivo, o que provoca doenças como hipertensão e anemia, tanto na mãe, quanto no bebê”. A falta de esclarecimento e conhecimento são sem dúvidas, os principais fatores para a adolescente engravidar, como no caso da jovem J.C.S.T. de 16 anos que está grávida de seu segundo filho. Na sua primeira gravidez, J. tinha apenas 13 anos e nenhuma informação sobre contraceptivo. “Como eu era muito nova, minha mãe não se preocupava em conversar sobre sexo comigo e eu também não sabia o que era a camisinha”. O parceiro da adolescente, G.A.S., de 19 anos, também não tinha se preocupado com o método contraceptivo na primeira gestação da namorada, “Por ser nossa primeira relação, não pensamos em gravidez”. Depois que tiveram o primeiro filho, hoje com dois anos, o casal escolheu a injeção de anticoncepcional como forma de prevenção da gravidez e mesmo usando o artifício, acabaram concebendo mais uma criança.

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