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Além do Silêncio

Incontinência urinária: entenda o distúrbio e conheça tratamentos

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, o distúrbio afeta cerca de 35% das mulheres acima dos 40 anos

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Redação iBahia

06/11/2023 às 17:26 - há XX semanas
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A incontinência urinária é uma condição que, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, afeta cerca de 35% das mulheres acima dos 40 anos. E, por trás desse número, encontram-se histórias de constrangimento, isolamento social e impacto na autoestima de muitas mulheres.

Para falar sobre esse tema e desfazer mitos, convidamos o renomado urologista particular Dr. Julio Bissoli para uma conversa esclarecedora. Durante o bate papo, abordamos questões levantadas pelas nossas leitoras.

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					Incontinência urinária: entenda o distúrbio e conheça tratamentos
Dr. Julio Bissoli é urologista e sana dúvidas acerca da incontinência urinária. Foto: Divulgação

A incontinência urinária feminina não se limita a momentos ocasionais de constrangimento. Ela tem o poder de redefinir a dinâmica diária da mulher, influenciando desde suas atividades rotineiras até suas interações sociais. "Muitas mulheres me contam que evitam eventos sociais ou até mesmo atividades básicas, como fazer compras, por medo de um episódio inesperado", revela Dr. Julio Bissoli.

Além disso, o peso psicológico é imenso. “O medo constante de vazamentos pode levar a sentimentos de ansiedade, e a sensação de perda de controle pode gerar quadros depressivos”, acrescenta o especialista.

A incontinência não é uma condição única. Ela é multifacetada e pode se manifestar de várias maneiras, sendo influenciada por uma variedade de causas. Embora existam fatores comuns, como gestação, variações hormonais e até mesmo obesidade, cada mulher é única e, portanto, a abordagem para entender e tratar a incontinência deve ser individualizada. O urologista destaca, "a boa notícia é que muitos casos têm tratamento eficaz".

Da consulta ao veredito

A primeira etapa é obter um diagnóstico preciso. Dr. Julio explica que começa com uma consulta onde ouvirá atentamente a paciente para compreender a natureza e os sintomas. “É essencial criar um ambiente seguro e acolhedor, onde a mulher se sinta à vontade para compartilhar detalhes”, destaca ele.

Importante alertar sobre a similaridade dos sintomas da incontinência com os de infecções urinárias, evidenciando a necessidade do diagnóstico preciso. Por esta razão, uma série de exames podem ser solicitados, incluindo testes de urina e exames pélvicos, para descartar outras condições e determinar a causa.

Questionamos o Doutor sobre o impacto da alimentação na incontinência. "Alimentos e bebidas diuréticas, como café e alimentos picantes, podem irritar a bexiga e agravar os sintomas em algumas mulheres. É crucial observar como o corpo reage e ajustar a dieta de acordo", ele aconselha.

Uma outra questão é se a atividade física pode ajudar ou agravar a incontinência. urologista explica: “A atividade física, quando feita de maneira adequada e orientada, pode fortalecer a musculatura pélvica e ajudar a controlar os sintomas da incontinência. No entanto, exercícios de alto impacto, sem a devida preparação, podem exercer pressão excessiva sobre a bexiga e piorar a situação. Independente do tipo ou causa, a incontinência urinária tem solução. É essencial que as mulheres busquem informação e orientação médica adequada".

Felizmente, a medicina avançou significativamente, e hoje existem várias opções de tratamento disponíveis. A escolha dependerá da causa subjacente, da gravidade dos sintomas e das preferências da paciente.

Terapias comportamentais, como treinamento da bexiga e exercícios de Kegel, podem ser benéficas. Medicamentos também podem ser prescritos para tratar a bexiga hiperativa ou relaxar os músculos. Em casos mais graves, procedimentos cirúrgicos, como a colocação de um esfíncter artificial, podem ser considerados.

A incontinência urinária, apesar de suas complexidades, não é uma sentença. Com o conhecimento adequado e a ajuda de especialistas, é possível traçar um plano de tratamento eficaz e voltar a viver sem medos. Encorajamos todas as mulheres a buscarem informação e apoio, lembrando que você não está sozinha nessa jornada.

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