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SAÚDE

Macacos são aliados na luta contra a febre amarela

Órgão lembra que os primatas não transmitem febre amarela. "São tão vítimas quanto os seres humanos"

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Redação iBahia

02/04/2017 às 10:24 • Atualizada em 31/08/2022 às 22:54 - há XX semanas
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O Parque Zoobotânico de Salvador promoveu na manhã deste sábado (1) uma ação de conscientização e tira-dúvidas com a imprensa e veterinários do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) sobre o processo de transmissão da febre amarela. O medo da doença e a ignorância são apontados como as causas da morte de macacos na Bahia. É o que explica o veterinário Vinícius Dantas, do Parque Zoobotânico de Salvador. “O maior inimigo da fauna é a ignorância”, disse. Em Feira de Santana, subiu para 32 o número de primatas encontrados mortos e na sexta-feira (31), mais um macaco foi resgatado, com suspeita da doença, desta vez na Ilha de Bom Jesus dos Frades. Até agora, seis tiveram o diagnóstico confirmado, três descartados e 28 seguem em análise.

Agredir ou matar macacos ou qualquer outro animal silvestre é crime ambiental (Foto: Arisson Marinho/CORREIO)

Apesar das dúvidas e apreensão de baianos e turistas, eles não oferecem risco à população de infecção por febre amarela. A coordenação do parque, que é ligado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema), esclarece que não há motivo para ter medo desses animais nem para agressões a outros macacos que vivem na natureza. Dantas esclarece que os primatas não apresentam nenhum risco à população, sendo o mosquito Aedes aegypti infectado o único transmissor da doença. “Os primatas são hospedeiros, igual aos humanos. Se estiverem doentes, eles não são capazes de fazer a transmissão ao homem”, disse.

De acordo com o veterinário Victor Corvelo, também da equipe de veterinários do zoológico, os macacos “são tão vítimas da febre amarela quanto os seres humanos. Eles não são transmissores, são que nem a gente, e não apresentam risco de contaminação”, diz. Dantas diz que os primatas “são aliados”. A morte deles serve como um alerta para a vigilância sanitária saber da presença do vírus e da doença. Nos macacos, os sintomas são febre, falência renal, falência hepática, letargia (fraqueza) e icterícia (cor amarelada na pele). Nos humanos é parecido, com o acréscimo de náuseas, dores no corpo e de cabeça e cansaço. Nenhum caso do tipo foi registrado nos primatas do zoológico.

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