Na última quarta-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a mpox, novamente, como uma emergência de saúde pública de interesse internacional.
A doença veio à tona em 2022, com um surto da doença em mais de 70 países. Naquele ano, a OMS já havia declaro situação de emergência de saúde de interesse internacional, que foi retirado em 2023 com a queda de casos.
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Mas afinal de contas, o que é a mpox?
A mpox, que ficou popularmente conhecida como "varíola dos macacos", é uma doença transmitida a humanos a partir de um vírus que circula entre animais, o monkeypox, que pertence à mesma família e gênero da varíola humana.
A doença foi identificada pela primeira vez, em laboratório, em 1958. O primeiro caso foi notificado em 1970, na República Democrática do Congo.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da mpox são semelhantes a de um resfriado ou gripe. Entre eles, há febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares.
Segundo cartilha da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), os sintomas duram de 2 a 4 semanas. Na pele, podem surgir lesões de consistência mais dura, visíveis e elevadas.
Já a frebe tem início súbito, com inchaço dos gângliod, o que é considerada uma característica para distinguir a mpox de outras doença.
O período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas.
Principais sintomas:
- Lesões na pele, como erupções e manchas;
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Aumento de ínguas (linfonodos) em algumas partes do corpo;
- Dores musculares e fraqueza.
Como ocorre a transmissão?
Qualquer pessoa pode pegar a doença, sendo os meios de transmissão mais comuns:
- Contato com a pele de pessoas doentes (como um simples toque ou um abraço, por exemplo);
- Contato com as secreções de pessoas doentes como saliva, muco nasal, fluídos corporais em geral, suor e sangue (o que pode se dar através de beijos, por exemplo);
- Contato com as gotículas expelidas durante a respiração;
- Contato pela manipulação de objetos e superfícies contaminadas com secreções de indivíduos doentes, como lençóis, roupas e banheiros.
Tratamento
O tratamento é baseado em medidas com o objetivos aliviar sintomas, prevenir e tratar as complicações. Aqueles que apresentarem sintomas da doença, deve ser realizado o isolamento imediato do indivíduo, o rastreamento de contatos de vigilância. O período só deverá ser encerrado com o desaparecimento das lesões.
Atualmente, existem três vacinas contra mpox no mundo, sendo duas recomendadas pelo Grupo Consecutivo Estratégico de Especialistas em Imunização da OMS. Elas são a ACAM2000, da Sanofi Pasteur, e a Jynneos (também conhecida como Imvamune ou Imvanex), da Bavarian Nordic. Nenhuma delas está amplamente disponível.
Qual a diferença entre mpox e varíola humana?
Antes de tudo, é preciso salientar que a mpox não é a varíola humana. A varíola humana foi declarada erradicada pela Organização Mundial da Saúde em 1980, enquanto a mpox é uma doença endêmica que ocorre em países da África.
Quem está mais vulnerável à mpox?
Devido a transmissão via gotículas requer contato mais próximo entre paciente e outra pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, membros da família e contatos próximos das pessoas doentes mais vulneráveis ao risco de contaminação.
Qual é a situação atual da mpox no mundo?
A principal mudança entre o status da mpox em 2022 e neste ano, é a propagação de uma nova variante do vírus (conhecida como Clado Ib), que tem causado um índice maior de mortalidade e ser mais transmissível. Além disso, tem afetado principalmente crianças e se espalhado por diversos modos.
Vale salientar que o status de alerta é uma questão técnica e não configura uma pandemia. A medida foi adotada para desencadear uma resposta internacional coordenada e desbloquear financiamento para busca de vacinas, testes e tratamentos.
Qual a situação da mpox na Bahia?
A Bahia registrou, até quarta-feira (14), 38 casos de varíola mpox em 2024. Os números são da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). Há dois casos em investigação. Nenhuma morte foi contabilizada. Do número de infectados, 21 são residentes de Salvador.
Nathália Amorim
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