Mostrar que existe prevenção para o suicídio é o principal objetivo da campanha Setembro Amarelo. Esta é a terceira maior causa de morte entre homens de 15 a 29 anos (depois da violência e dos acidentes de trânsito), e a quarta entre os jovens em geral, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A falta de pertencimento e de propósito de vida são algumas das causas que levam uma pessoa a tirar a própria vida. O maior fator de risco para o suicídio é a presença de transtornos mentais não tratados de maneira apropriada.
— O suicídio de jovens e adolescentes está ligado a várias causas, inclusive ao sentimento de não existência. Por exemplo, quando alguém sofre bullying, é como se não houvesse um acolhimento dele por parte do grupo. Uma vez que não querem a presença dela, o que a pessoa faz é concretizar esta não existência — diz Valdecy Carneiro, psicólogo e especialista em medicina comportamental.
Falar deste problema é uma das maneiras de quebrar o tabu que existe em torno do tema. De acordo com o psiquiatra Ariel Lipman, questionar alguém sobre suicídio não incentiva a prática:
— A gente não pode ter medo de abordar o assunto, porque esse pensamento de que ao falar sobre suicídio você poderia dar “ideia” que a outra pessoa ainda não tinha pensado é mentira.
Desde 2011, a notificação de tentativas e mortes é obrigatória no país. Em média, 11 mil brasileiros cometem suicídio e 8 mil tentam tirar a própria vida, por ano.
— Quando fazemos uma campanha de alerta e conscientização, mostramos que a ideação de suicídio tem tratamento. Normalmente temos uma causa identificável, que pode ser tratada. Assim, aumentamos a possibilidade da pessoa ter acesso a um tratamento — finaliza Ariel.
Leia também:
Veja também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!