O tipo de acidente vascular cerebral (AVC) sofrido por Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, só ocorre em cerca de 20% dos casos de derrame. O AVC é do tipo hemorrágico, que é sempre grave, segundo especialistas. Já o AVC isquêmico é mais comum e ocorre em cerca de 80% dos casos, mas ambos podem deixar sequelas irreversíveis nos pacientes.
No caso de Marisa o que houve foi a ruptura de uma artéria cerebral que causou uma hemorragia. Tanto este tipo quanto o AVC isquêmico, que é consequência do entupimento de uma artéria que interrompe o envio de sangue para o cérebro, podem causar problemas como dificuldade de fala, paralisias totais ou parciais e de coordenação motora e respiratória. A demora no atendimento médico pode agravar os problemas.
"As complicações vão depender da área do cérebro em que houve o AVC e por isso há também a possibilidade dos pacientes se recuperarem completamente", explica o neurorradiologista Márcio Vieira Peixoto Almeida, do laboratório Richet Medicina & Diagnóstico.
O especialista diz que pessoas que têm hipertensão ou histórico da doença na família têm maiores chances de sofrer um AVC, mas há exames que podem identificar o problema.
Perfil das vítimas
Quantos: dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013) apontam que 1,5% da população brasileira já foi diagnosticada com AVC ou derrame
Mortes: em média 68 mil por ano no Brasil, segundo o Ministério da Saúde
Fatores de risco: homens e negros têm maior chance de ter um derrame. A idade é um agravante, além de tabagismo, hipertensão, diabetes, sedentarismo, uso de álcool e drogas e colesterol alto. Pessoas com histórico de doenças vasculares na família também têm mais chances, segundo a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares.
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Redação iBahia
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