Por mais que as técnicas avancem e novidades apareçam, o ramo da massoterapia dificilmente vai se dissociar das mãos, que aliam a sensibilidade humana aos cuidados terapêuticos com o corpo. No entanto, há momentos em que elas não se adequam tanto a um determinado tratamento e precisam de assistência, que pode se viabilizar com inúmeros instrumentos. Um deles, vinculado à maderoterapia (que utiliza objetos de madeira) é a pantala, que tem os mesmos efeitos da massagem manual, mas permite movimentos mais precisos sobre a pele. A peça tem sido uma aliada estética na busca pela qualidade de vida.
A precisão da pantala, normalmente usada em pares, muito se deve ao seu formato anatômico, vagamente semelhante ao de um estilingue, se encaixando no corpo e permitindo manobras incisivas. Por isso, a pantala vai bem com massagens modeladoras, aplicadas para desenhar curvas no cliente, que demandam mais força e pressão sobre o corpo. Só que, mesmo com o vigor empregado no manuseio do instrumento, ele tende a poupar as mãos do profissional, que realiza menos esforço no trabalho. Mas a modelagem não é o único benefício do uso da pantala. Ela também atua no relaxamento, na ativação da circulação e no combate à celulite e à gordura localizada.
— A utilidade das pantalas é grande. Elas funcionam no caso das camadas de gordura mais profundas, onde a mão chega com menos força, mas não excluem a massagem manual, que desempenha até mesmo um trabalho energético entre uma pessoa e outra. Começo minhas sessões com as mãos, para sentir a pele da pessoa e verificar se há deformidades — afirma a fisioterapeuta Daniela Attademo, especializada em dermatologia funcional.
Uma das adeptas da pantala, a assistente social Marcley Mutorial, de 43 anos, diz que as primeiras sessões doeram um pouco, mas depois ela se acostumou com o instrumento. Usando a técnica há um ano, ela sentiu melhoras na aparência.
— Sinto a pele relaxada e o tônus, melhorado. Ativo mais a circulação e suavizo a aparência das varizes — comenta Marcley.
UMA PANTALA SOZINHA NÃO FAZ TRANSFORMAÇÃO
Marcley Mutorial faz sessões com pantalas no Espaço Lótus Estética, da esteticista Paula Francine — a profissional conheceu o objeto há um ano e logo passou a usá-lo. Em seu consultório, as peças de madeira valem tanto para as massagens modeladoras quanto para as drenantes, mais superficiais e leves, voltadas para a estimulação do sistema linfático (que, entre outras funções, auxilia na eliminação de toxinas).
— A pantala cabe a todo o corpo. Para o rosto, que tem uma superfície menor e mais delicada, há instrumentos menores, as pantaletes — explica a terapeuta, que considera duas sessões por semana a frequência ideal para o tratamento funcionar, embora não haja problema em fazê-lo de três a quatro vezes.
Apesar dos benefícios, a pantala não surte efeito contra as gorduras sozinha: a simples massagem apenas compacta as células adiposas, não as quebra. O responsável por dividir os lipídios em partes menores são produtos de beleza — naturais ou laboratoriais — voltados para esse fim. Com o objeto, eles conseguem penetrar mais facilmente nas regiões comprometidas. A cafeína, por exemplo, parte a gordura e acelera o metabolismo, enquanto os derivados da planta Centella asiática atuam melhor no combate à celulite.
Sozinhos, os compostos também não ajudam a reduzir medidas, sejam combinados com pantalas ou qualquer outro objeto. O material adiposo que é fracionado ainda tem que ser gasto pelo organismo, o que exige atividade física — principalmente aeróbica (exercícios de longa duração, que consomem glicose e lipídios em combinação com o oxigênio do corpo), na recomendação das terapeutas. Uma alimentação controlada também é necessária para fazer o esforço valer a pena.
A estudante e fisiculturista Joanna Jordan, de 27 anos, combina a pantala com exercícios e nutrição para manter a integridade da forma física. Ela, que recebe as massagens de Daniela Attademo há mais de um ano, considera as pecinhas de madeira importantes no cumprimento de seus objetivos esportivos.
— No fisiculturismo, passo por um período chamado off, de ganho de massa muscular e gordura, e outro, chamado cutting, quando perco lipídios e ganho definição. As pantalas me ajudam a absorver menos gordura durante a fase off — detalha a atleta, que cursa o segundo período de Educação Física.
De acordo com Daniella, a pantala é contraindicada em casos de hipertensão não controlada e diabetes.
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Redação iBahia
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