Protetor solar, chapéus, roupas com proteção contra raios UV, bastante água e hidratante. Para garantir a saúde da pele na estação mais quente do ano, a recomendação dos especialistas é redobrar o cuidado, de forma a evitar a desidratação e prevenir contra doenças mais graves, como a insolação e o câncer de pele (veja na lista ao lado algumas delas).
Uma das dicas é escolher a hora certa para se expor ao sol, evitando o período entre às 10h e 16h, quando a incidência dos raios solares é maior. “Durante todo o ano e, principalmente, no Verão do Nordeste, usar um bom protetor solar é o primeiro cuidado que as pessoas precisam ter para preservar a pele”, aconselha a dermatologista da Clínica Osmilto Brandão Renata Brasileiro.
Segundo ela, o fator de proteção solar (FPS) deve ser acima de 30, mas para os pacientes com pele muito clara, ou que já tenham tido alguma doença provocada pelo sol, o mais indicado é que o filtro solar seja acima de 50.
“O ideal é que ele seja aplicado 30 minutos antes da exposição solar, para que seja melhor absorvido pela pele, sendo reaplicado a cada duas horas”, afirma. Caso a pessoa entre no mar ou na piscina, a dermatologista refoça que ele deve ser reaplicado logo em seguida. A mesma recomendação vale para a prática de esportes. “Como a pessoa sua bastante, mesmo os produtos com a indicação de resistência a água devem ser reaplicados logo após a prática da atividade física”.
Hidratação
Principalmente no Verão, quando a incidência solar é maior, Renata aconselha que a pessoa não deve descuidar da hidratação da pele. “Com o excesso de sol, o corpo tende a perder mais líquido e ficar com a pele mais ressecada. O paciente deve estar atento a beber de dois a três litros de água por dia e fazer o uso de hidratantes, para manter a hidratação, tanto de dentro para fora quanto de fora para dentro”, pontua.
Para aumentar a proteção contra o sol, a especialista recomenda ainda a utilização de roupas com proteção contra raios UV para qualquer tipo de pessoa. “Atualmente, algumas marcas já conseguem bloquear até 90% dos raios UVA e UVB. Para todas as aéreas que a roupa não cobre, como mãos e rosto, por exemplo, o protetor deve ser utilizado normalmente e reaplicado a cada duas horas”.
Os homens, principalmente os calvos, não podem deixar de aplicar protetor na área da calvície ou devem protegê-la usando chapéus. Orelhas, pescoço e colo também não devem ser esquecidos na hora da aplicação.
No caso das crianças, o cuidado deve ser ainda maior. “Como pele é mais sensível, é mais recomendado utilizar protetores específicos para crianças”.
A dermatologista alerta ainda que a preocupação com a reaplicação deve ser dobrada. “A gente sabe que as crianças ficam entrando e saindo da água a todo momento, mas não pode descuidar. É preciso reaplicar sempre após os banhos de mar e piscina, assim como a cada duas horas”.
A atenção à hidratação também não deve ser deixada de lado. “Além de estimular a ingestão de mais líquidos durante o Verão, os pais devem utilizar hidratante nas crianças, para que a pele delas não resseque, mantendo a proteção natural”, pontua Renata.
Doenças causadas pela exposição excessiva
Câncer de pele - Principal doença e também a mais temida, o câncer de pele pode ser muito evitado. Há predisposições genéticas, quando existem mais casos na família, por exemplo. Quanto mais protegida a pessoa é, menores são as chances de acontecer. Os médicos destacam a importância do uso de proteção solar desde criança, pois é na infância e na adolescência que a pessoa se expõe mais ao sol.
Melasma - É um tipo de dermatose que é piorada com a exposição ao sol. São manchas escuras que costumam aparecer mais no rosto e costumam afetar mais as mulheres, principalmente de pele mais escura. Os melasmas aparecem, geralmente, nas mãos, braços e rosto.
Melanose - São pequenas manchas escuras que parecem sardinhas, só que um pouco maiores. Costumam ser causada pela exposição solar ao longo dos anos e aparecem mais em áreas que costumam ficar descobertas, como braços, colo e rosto.
Queimaduras - Podem ser causadas pela alta exposição ao sol, variando desde apenas a vermelhidão, que é a queimadura de primeiro grau, até o aparecimento de bolhas (segundo grau). São mais frequentes em crianças e pessoas de pele clara e podem ser muito dolorosas. No caso das queimaduras de primeiro grau, a indicação é manter-se hidratado. Já no caso das queimaduras de segundo grau, é aconselhável que a pessoa procure um médico para tratar a queimadura.
Insolação - Trata-se do mal-estar decorrente da exposição prolongada ao sol intenso e ao calor. Além da queimadura, a doença pode apresentar outros sintomas como náuseas, febre, dor de cabeça e desidratação. Em casos mais graves, a insolação pode levar a pessoa à perda de consciência.
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Redação iBahia
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