Dormir entre sete e oito horas por noite tem se tornado cada vez mais difícil. O uso de aparelhos eletrônicos, o excesso de atividades diárias e o trânsito na volta para casa são alguns dos fatores que prejudicam o sono dos brasileiros. E ter uma noite ruim pode trazer uma série de problemas à saúde a longo prazo, causando transtornos cognitivos — atividades relacionadas à memória, aprendizado, linguagem, cálculos — e alterações do humor, como nervosismo e irritabilidade.
— O primeiro efeito é a sonolência excessiva durante o dia e isso vai impactar na saúde como um todo — alerta a neurologista e especialista em medicina do sono Paula Vallegas, da Policlínica Granato.
A noite mal dormida prejudica o estado de vigilância e a coordenação motora, provoca falta de energia, eleva o tempo de reação, diminui os reflexos e a capacidade de tomar decisões.
— O sono se torna necessário por vários motivos: eliminar toxinas no cérebro e armazenar as informações que aprendemos durante o dia. Isso possibilita a memorização, raciocínio, criatividade e aprendizado. Ele ajuda com a saúde mental e emocional, além de auxiliar na regulação do sistema imunológico, endócrino e hormonal — complementa Julia Maselli Lima, neurologista do Grupo Prontobaby.
Soneca depois do almoço é permitida
Dormir entre 20 e 40 minutos durante o dia pode ser uma boa estratégia para recarregar as energias e continuar os as atividades que precisam ser desempenhadas.
— Em alguns países da Europa isso já é praticado. A chamada sesta é uma importante ferramenta fisiológica para melhorar e equilibrar a atividade humana — afirma Edson Issamu, neurologista na rede de hospitais São Camilo de São Paulo.
Apesar de reconhecer que uma soneca depois do almoço pode fazer bem, Paula faz uma ponderação:
— O ideal é dormir corretamente durante a noite para que de dia não sinta a necessidade de dormir.
Para quem precisa trabalhar durante a madrugada, a dica é tentar dormir o suficientemente durante o dia. Ainda assim, devem cuidar mais da saúde como um todo, praticar atividades físicas e ter uma boa alimentação.
Os especialistas ressaltam ainda que a cama interfere diretamente na qualidade do sono. O tripé suporte, pressão e conforto é fundamental, lembra Bruno Skornick, do colchão Flow.
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Redação iBahia
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