A nossa visão é essencial para o nosso dia a dia, não é? Portanto, fique atento quais são os problemas que, além da vista, podem afetar a sua saúde.
1- Moscas volantes: O termo se refere à visualização de manchas (em forma de minhocas ou pontinhos) que aparecem especialmente quando se observa uma parede ou uma folha de papel em branco. Essas manchas são, na verdade, sombras dentro do olho, relacionadas à degeneração do humor vítreo (substância incolor e gelatinosa que preenche o globo ocular). Embora se trate de um processo natural que, geralmente, não traz maiores complicações, a avaliação médica é indicada. Isso porque existe um risco, ainda que baixo, de a degeneração do vítreo afetar a retina.
2- Olhos amarelados: A alteração da cor é observada em pacientes com problemas no pâncreas ou no fígado. Os olhos amarelados são um dos sintomas de quem, por exemplo, tem hepatite --inflamação do fígado por agentes infecciosos. O quadro também pode estar presente em pessoas com cirrose ou câncer no pâncreas. Alterações nesses órgãos levam a um aumento da bilirrubina circulante no sangue [substância alaranjada que, normalmente, é descartada nas fezes] e esse acúmulo gera a icterícia [coloração amarelada na pele e outros órgãos].
3- Pterígio: Essa formação de aparência carnosa, que surge no canto do olho, atinge especialmente aquelas pessoas mais expostas aos raios ultravioleta --como surfistas e pescadores. Trata-se de uma alteração fibrovascular da conjuntiva, que reveste o olho, e, a princípio, não interfere na qualidade da visão nem precisa gerar maiores preocupações. Ainda assim, o acompanhamento oftalmológico é importante, já que, se o pterígio avançar muito e afetar a córnea, o paciente pode desenvolver astigmatismo (comprometimento visual em que tudo parece meio borrado). Nesse estágio, pode ser necessário fazer uma intervenção cirúrgica. De modo geral, recomenda-se que quem tem pterígio use regularmente óculos com filtro UV e evite expor os olhos a poeira, vento e água do mar, além de ter cuidado com piscinas com muito cloro.
4- Visão em túnel: Esse problema costuma estar relacionado ao glaucoma. No entanto, na fase inicial, o paciente não apresenta sintomas dessa patologia, caracterizada por danos progressivos ao nervo ótico. Se a doença for negligenciada, o paciente só vai perceber quando perder o campo periférico da visão. E, nesse momento, não há mais como regredir o quadro. Também é possível que a visão em túnel tenha como causa outras patologias graves, como retinose pigmentar (que inclui ainda a perda da visão à noite), AVC (acidente vascular cerebral) e tumores intracranianos. Portanto, é fundamental investigar a origem do problema o quanto antes.
5- Fotofobia: Quem tem olhos claros costuma apresentar maior sensibilidade à luz, já que sua íris tem menos melanina (o que resulta em maior exposição da retina aos raios ultravioletas). Trata-se, portanto, de uma questão congênita, que acompanha a pessoa por toda vida. Mas quando a fotofobia aparece de repente, vale a pena investigar o porquê da mudança. O oftalmologista vai verificar, por exemplo, se existe alguma alteração na superfície da córnea, se a película lacrimal está adequada ou se há carência de vitamina E, entre outras alterações.
6- Visão duplicada: Também conhecido como diplopia, esse problema afeta muito a qualidade de vida do paciente e pode envolver ambos os olhos (quando o alinhamento entre eles é comprometido) ou ser monocular (quando o paciente vê em dobro mesmo fechando um dos olhos). No primeiro caso, uma das causas mais comuns é o diabetes. A doença pode gerar lesões isquêmicas --ou seja, ligadas à falta de irrigação sanguínea. E essas lesões, por sua vez, afetam a musculatura ligada ao alinhamento perfeito dos olhos. Outras possíveis causas são aneurismas, traumatismos e doenças desmielinizantes (como a esclerose múltipla).
7- Ardência: Esse sintoma pode ser causado por alergias, exposição a substâncias químicas, síndrome do olho seco (quando a produção lacrimal é insuficiente) ou por processos inflamatórios nas glândulas que existem na parte interna da pálpebra. Além disso, o uso de eletrônicos também pode levar à sensação de secura, já que, quando estamos muito atentos ao que se passa na tela, piscamos menos, o que faz com que o olho seja menos lubrificado. Quem tem o problema não deve recorrer por conta própria ao uso de colírios, pois o uso indiscriminado pode acabar levando ao desenvolvimento de mecanismos alérgicos a alguns dos componentes da fórmula.
8- Olhos saltados: A proptose ocular pode ter diversas causas, mas, frequentemente, decorre de alguma disfunção na tireoide (glândula localizada no pescoço, responsável pela produção de hormônios que regulam diversas funções do corpo). Por isso, o problema costuma ser acompanhado por endocrinologistas e, muitas vezes, envolve o uso de corticoides. Quando o paciente é diagnosticado precocemente e recebe o tratamento adequado, é esperada uma retração do olho. Mas quando o problema só é identificado em uma fase mais tardia nem sempre o tratamento hormonal é suficiente para reverter a proptose ocular. Nesses casos, pode ser indicada uma cirurgia estética para que o globo volte à posição normal.
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Redação iBahia
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