Vinte pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (21), nos estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas durante operação da Polícia Federal. A ação investiga policiais militares da Bahia e Pernambuco, CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) e lojistas suspeitos de integrar uma organização especializada em vender armas e munições ilegais para facções criminosas nos dois estados e em Alagoas.
Foram determinados para a operação o cumprimento de 20 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão. Um homem identificado como Diego do Carmo dos Santos foi baleado. Ele foi atingido durante confronto que aconteceu no bairro São Gonçalo do Retiro, em Salvador, e acabou detido em flagrante.
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Investigações apontaram que Diego do Carmo fez 16 encomendas aos investigaodos. A primeira, ocorreu no dia 14 de fevereiro de 2022 e a última, em junho de 2023.
Participam da operação a PF e o Ministério Público da Bahia, além da Polícia Civil da Bahia, as polícias Militar da Bahia e de Pernambuco e o Exército Brasileiro. Ainda conforme a PF, cerca de 325 policiais cumpriram os mandados em desfavor dos agentes de segurança pública, dos CACs, empresários e lojas de comercialização de armas de fogo, munições e acessórios.
A ação aconteceu nas cidades de:
- Juazeiro (BA);
- Salvador (BA);
- Santo Antônio de Jesus (BA);
- Porto Seguro (BA);
- Lauro de Freitas (BA);
- Petrolina (PE);
- Arapiraca (AL).
Bens dos PMs da Bahia e Pernambuco investigados foram bloqueados durante operação
Ainda segundo a PF, oi determinado o sequestro de bens e o bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados. Além disso, a atividade econômica de três lojas localizadas em Juazeiro, Petrolina e Arapiraca, foram suspensas. Os estabelecimentos comercializavam material bélico de forma irregular.
Durante a operação, o Exército Brasileiro fiscalizou outras lojas que vendem armas, munições e acessórios controlados em Juazeiro, no norte da Bahia, e Petrolina, no sertão de Pernambuco.
Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, comercialização ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem chegar a 35 anos de reclusão.
A operação foi denominada "Fogo Amigo". Segundo a PF, o nome faz alusão ao fato de que os policiais integrantes da organização criminosa vendem armas e munições de forma ilegal para criminosos faccionados e que esse material acaba sendo utilizadas contras os próprios órgãos de segurança pública.
A Polícia Federal informou que o caso continuará em investigação, na tentativa de descobrir a real amplitude da suposta organização criminosa e identificar outros integrantes.
Iamany Santos
Iamany Santos
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