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Vitória da Conquista

Acusado de comprar armas em esquema internacional é condenado

Integrantes de esquema compravam armas do Paraguai para abastecer facções no Brasil; investigações começaram após apreensão de fuzis croatas

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Redação iBahia

19/08/2025 às 15:01 - há XX semanas
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A Justiça Federal condenou a seis anos e nove meses de prisão um dos acusados de participar de um esquema internacional de tráfico de armas. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (18) pelo Ministério Público Federal (MPF). O nome do réu não foi revelado.


					Acusado de comprar armas em esquema internacional é condenado
Dinheiro e munições apreendidos durante operação da Polícia Federal. Foto: Divulgação

Segundo o g1, a condenação faz parte da Operação Dakovo, deflagrada em 2020 após a apreensão de fuzis croatas em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), as armas eram importadas da Europa e da Turquia para o Paraguai, tinham a numeração raspada e eram revendidas no mercado ilegal.

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O MPF informou que os envolvidos utilizavam empresas de fachada, simulação de vendas e até corrompiam autoridades paraguaias. Ao todo, 28 pessoas foram denunciadas por tráfico internacional de armas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O réu condenado a seis anos de prisão já estava preso preventivamente e atuava no núcleo responsável pela compra de armamentos no Paraguai. Além da pena, ele deverá pagar 202 dias-multa e R$ 50 mil por danos morais coletivos, valor destinado ao Fundo Nacional de Segurança Pública.

A Justiça determinou ainda que todos os bens, valores e direitos obtidos de forma ilícita sejam incorporados à União. O MPF recorreu da sentença, alegando que a pena não corresponde à gravidade dos crimes.

Relembre caso

Em 2020, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu em Vitória da Conquista um arsenal composto por 23 pistolas, dois fuzis, carregadores e munições. As armas, de fabricação croata, estavam com as numerações raspadas, o que levou à deflagração da Operação Dakovo.

As investigações revelaram que o armamento era importado, adulterado e, posteriormente, revendido a intermediários que atuavam na fronteira com o Brasil. Parte desse material bélico abastecia as maiores facções criminosas do país, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho.

Conforme o MPF, a organização criminosa possuía seis núcleos de atuação, que envolviam empresas de fachada, empresários, militares paraguaios e integrantes de facções brasileiras.

O principal alvo da operação foi o empresário argentino Diego Hernan Dirísio, apontado como o "Senhor das Armas" por sua influência no esquema internacional de tráfico.

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