Agentes da Polícia Federal prenderam o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa e o pai, Dalmir Barbosa, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (31). O médico baiano Perseu Ribeiro, que morreu durante um ataque, foi morto por engano ao ser confundido com Taillon.
Segundo o g1, os dois foram presos por suspeita de chefiar a milícia de uma localidade chamada Rio das Pedras. Novos mandados de prisão foram expedidos pela Justiça.
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Taillon seria o alvo do grupo de suspeitos que, por engano, executaram Perseu e outros dois médicos que bebiam em bar na orla da Barra, no início do mês de outubro.
Além dele, outros três homens, entre eles dois policiais militares, foram presos em flagrante por organização criminosa.
Filho de chefe de milícia
Em dezembro de 2020, Taillon havia sido preso durante ação de uma operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio.
Em julho de 2022, ele foi condenado a 8 anos e 4 meses de prisão por organização criminosa, devido à sua participação em uma milícia na Zona Oeste.
“Há o registro de uma série de recentes ‘disque-denúncias’ que indicam que Taillon apresenta comportamento extremamente violento e exerce proeminente função de comando na organização criminosa”, diz um trecho da sentença.
Ainda segundo o g1, Taillon ficou preso até março de 2023, quando foi colocado em prisão domiciliar. Em setembro, ele conseguiu liberdade condicional, o que permite que o restante da pela seja cumprida em liberdade.
Execução por engano
A semelhança física entre Taillon e o ortopedista Perseu Ribeiro foi o que motivou o assassinato do baiano. As vítima bebiam em um quiosque, em frente ao hotel onde estavam hospedadas, quando um carro parou do lado da mesa deles e um grupo armado cometeu o crime. Pelo menos quatro suspeitos estariam envolvidos no ataque. Três deles desceram do veículo, atiraram nas vítimas e fugiram.
O bar em que o grupo de médicos estavam ficava localizado na Barra da Tijuca, na Avenida Lucio Costa, mesmo local onde Taillon morava. Ainda de acordo com o g1, a polícia investiga se uma pessoa viu o grupo sentado e informou aos assassinos.
Perseu foi enterrado na manhã de 7 de outubro na cidade de Ipiaú, no sul da Bahia, onde ele nasceu. A vítima tinha 33 anos e administrava uma clínica na cidade, que herdou do pai, morto em 2013 em um acidente de carro. Perseu deixou uma esposa e dois filhos.
*Sob supervisão do repórter Alan Oliveira
Iamany Santos
Iamany Santos
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