Uma operação da Polícia Federal (PF) contra uma quadrilha envolvida com o tráfico internacional de drogas foi deflagrada nesta terça-feira (2) na Bahia e em outros 7 estados.
Segundo a corporação, além de encontrar novas provas e prender suspeitos, a ação busca ainda a descapitalização patrimonial do grupo.
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Além da Bahia, mandados são cumpridos em Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Goiás. A ação foi batizada de "Operação Terra Fértil".
Conforme pontuou a PF, cerca de 280 policiais federais cumprem as determinações. Ao todo, são 9 mandados de prisão preventiva e 80 mandados de busca e apreensão.
Há ainda outras medidas cautelares, como sequestro de bens e bloqueio de contas. Tudo determinado pela 3ª Vara Federal Criminal da Comarca de Belo Horizonte.
Investigações da quadrilha de tráfico internacional de drogas
As investigações revelaram uma "complexa engrenagem montada pelo grupo criminoso e a grande quantidade de indivíduos interconectados, alguns deles com envolvimento com conhecida facção criminosa".
Ainda segundo a PF, um narcotraficante internacional e pessoas físicas e jurídicas associadas a ele faziam parte de uma rede que cometia diversos delitos, com o objetivo principal de ocultar e dissimular o patrimônio conquistado com a prática de inúmeros crimes, dentre os quais o tráfico internacional de drogas.
A corporação pontuou ainda que o suspeito já tinha sido investigado em outras ocasiões. As suspeitas são de que ele enviava cocaína para países das Américas do Sul e Central, com destaque para remessas a violentos Cartéis Mexicanos.
Durante as investigações, foi descoberto ainda que os envolvidos criavam empresas de fachada, sem vínculo de empregados no sistema Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), e adquiriam imóveis e veículos de luxo para terceiras pessoas, assim como movimentavam grande quantia de valores, incompatíveis com seu capital social.
Conforme informou a PF, os sócios das empresas geralmente não possuíam vínculos empregatícios há anos, alguns até receberam auxílio emergencial.
A PF também constatou que algumas dessas pessoas faziam transações com empresas no ramo de criptomoedas e de atividades que não tinham relação com o ramo de negócio, o que leva a crer que os investimentos estivessem sendo usados para mascarar a origem ilícita dos valores.
A estimativa atual é de que o montante dos valores ilegalmente movimentados pelo grupo atinge a quantia de mais de R$ 5 bilhões no período de pouco mais de 5 anos.
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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