O corpo de Alexsandro Marques Barreto, de 47 anos, foi sepultado no Cemitério Jardim da Eternidade, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador, na manhã desta sexta-feira (17).
Ele morreu após ser atingido por tiros dentro de um bar da cidade, depois de empurrar a filha de 6 anos para protegê-la dos disparos. A criança foi encaminhada para UPA da região, atendida e liberada.
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Na cerimônia de sepultamento, Vladmir Oliveira, amigo da vítima, lamentou a morte dele e pediu justiça.
"Eu conheço o Alexsandro há 40 anos, a gente cresceu junto, vizinhos. O que ele vai deixar registrado é a marca dele, a alegria, o companheirismo ,a amizade. Uma pessoa que era incapaz de ver uma pessoa necessitando de uma mão amiga e retirar, pelo contrário, ele se sacrificava para ajudar", disse para a TV Bahia.
"Nós aguardamos e clamamos por justiça, um crime como esse, com a pessoa que ele é não pode ficar assim sem uma solução, uma resposta", completou.
O caso
O crime aconteceu na noite de quarta-feira (15). Até o momento, ninguém foi preso. Segundo a Polícia Civil, um grupo de homens chegou ao local em um carro. Um deles desceu e atirou contra pessoas que estavam no estabelecimento.
Não há detalhes sobre a motivação do crime, que está sendo investigado pela Polícia Civil.
Uma tia da criança, identificada apenas como Jaqueline, relatou que a sobrinha pediu para passear de bicicleta. A esposa de Alexsandro pediu que ele acompanhasse a filha e que comprasse pão.
A garota disse que gostaria de tomar água de coco e voltou para casa para buscar uma garrafa que havia sido esquecida, quando se encontrou com o pai. Nesse período, aconteceu o tiroteio.
"Meu pai só queria me proteger", disse a menina para a tia. Segundo Jaqueline, a menina está traumatizada com a situação. Alexsandro deixa duas filhas e esposa.
Lucas Mascarenhas
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