Um tiroteio entre homens armados e policiais da Rondesp Atlântico deixou dois suspeitos mortos na segunda-feira (20), em uma localidade conhecida como Dona Lindu, na cidade de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.
Segundo a Polícia Militar, s equipes da Rondesp Atlântico participavam da Operação Força Total e foram até a região verificar informações de que um grupo armado estava se reunindo para realizar um ataque contra uma facção rival, locada na região conhecida como Vila Verde.
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Ao chegarem na localidade de Dona Lindu, os policiais trocaram tiros com os suspeitos, que tentaram fugir na direção de alguns prédios. Ao entrar em um dos apartamentos, houve troca de tiros e dois suspeitos foram baleados.
Ainda segundo a Polícia Militar, eles foram levados ainda com vida para o Hospital Menandro de Faria, mas não resistiram aos ferimentos.
Com a dupla, foram apreendidos:
- Uma pistola calibre .380, restando seis cartuchos;
- Um revólver com numeração suprimida, quatro estojos deflagrados e duas munições intactas;
- 41 pinos de substância análoga à cocaína;
- 39 porções de substância análoga ao skank, droga conhecida como "supermaconha";
- R$ 130 em espécie;
- Um smartphone.
Tiroteios em Vila Verde afetam a vida dos moradores
A localidade de Vila Verde fica nas proximidades da Avenida Aliomar Baleeiro, também conhecida como Estrada Velha do Aeroporto, e tem sofrido com intensas trocas de tiros entre grupos criminosos. A região fica entre os bairros de Mussurunga e São Cristóvão.
Devido a isso, vários moradores abandonaram as casas para fugir dos perigos da criminalidade. Para tentar restaurar a sensação de segurança na região, a Polícia Militar ocupou a região.
Em reportagem da TV Bahia, uma das donas dessas casas contou que morava em Vila Verde havia 28 anos, mas decidiu sair devido à sensação de insegurança.
"Eu sempre vivi bem aqui. Infelizmente, em lugar nenhum na Bahia a gente se sente seguro. Aliás, não é só aqui na Bahia, o mundo inteiro está assim", disse a ex-moradora.
"Eu amo meu bairro, mas fazer o quê? Quem tem Deus tem que olhar para frente e seguir", lamentou a mulher, que caminhava segurando sacos com roupas e deixava o local.
Portas abertas, furos nas paredes, portas derrubadas, móveis quebrados e estabelecimentos comerciais abandonados são o cenário que compõem a região no momento. Para marcar o local, os criminosos escreveram siglas das facções criminosas nas paredes das casas. Além de ocupar o local, a PM também tem apagado os símbolos.
Devido à situação de insegurança, 226 crianças que estudam da Escola Laura Sales estão sem aulas. A Secretaria Municipal de Educação (Smed) informou que não há um prazo para o retorno das atividades.
