O adolescente de 15 anos que foi flagrado com pornografia em Belo Horizonte (MG), nesta terça-feira (28), é suspeito de fazer parte de uma rede de ódio, com ameaças de massacre, em aplicativos de mensagens.
A informação foi divulgada ao g1 pela polícia, após investigações que envolveram policiais mineiros e baianos. Segundo a apuração, o conteúdo era compartilhado pelo garoto em grupos com outros adolescentes e jovens.
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Milhares de pessoas em todo o país podem estar envolvidos no caso, que segue em investigação.
"É como se fossem viciados em violência. Conseguimos identificar um desses, mas as investigações vão prosseguir tanto na Bahia como em Minas Gerais", disse o investigador Angelo Ramalho, da Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de Minas Gerais.
Surpresa dos pais
De acordo com a Polícia Civil baiana (PC), a investigação foi iniciada após um possível ataque à Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), que fica em Ilhéus, no sul da Bahia. Segundo a PC, um e-mail foi enviado a instituição com ameaças.
Depois disso, no dia 20 de novembro, um segundo e-mail foi enviado. Desta vez, com material pornográfico. Analisando os registros, os investigadores chegaram até o endereço do garoto.
Durante as buscas realizadas pelos policiais na casa do adolescente, o celular e o computador dele foram apreendidos. Foram neles que o conteúdo de pornografia foi localizado. O material seria disponibilizado nos mesmos grupos.
Segundo os investigadores, os pais ficaram surpresos quando souberam o teor dos crimes cometidos. Eles disseram aos investigadores que o filho passava a maior parte do tempo em casa.
"O fato do seu filho estar em casa em uma sexta-feira à noite, não significa que ele estará seguro. É fundamental que os pais supervisionem, pois esses adolescentes podem estar sendo vítimas de crimes na internet, ou até mesmo sendo autor deles. Conversem com seus filhos", alertou Ramalho.
Ao g1, a polícia mineira informou que o adolescente negou os crimes. Mas, segundo a PC baiana, ele confessou e afirmou que não tinha intenção de colocar em prática as ameaças.
O adolescente ficará apreendido para cumprir medidas socioeducativas. Já o material encontrado com ele passará por perícia.
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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