O incêndio que atingiu um depósito de materiais reciclados nesta quarta-feira (17), em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), é considerado um dos maiores ocorridos na cidade nos últimos anos.
A informação foi divulgada pela Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil (Compdec), que acompanha o trabalho do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia no bairro Jardim Limoeiro.
Leia também:
Mais de 30 famílias que residem nas proximidades do local tiveram que deixar os imóveis. Em contato com a reportagem da TV Bahia, os moradores contaram que ficarão em abrigos até que a chama seja controlada.
Em nota, o coordenador da Defesa Civil, Ivanaldo Soares, explicou que os moradores foram removidos do local por causa do risco de intoxicação com a fumaça densa, provocada pela queima do material plástico.
“Tiramos os moradores das casas porque a densidade da fumaça estava muito forte. Caso essa nuvem baixe, e atinja as residências, o risco à vida é muito grande, pois a fumaça do plástico é extremamente tóxica”, justificou.
A orientação da Defesa Civil para as pessoas que inalaram fumaça, é que procurem uma unidade de saúde para verificar as condições.
“Pois, elas podem ter a sensação de que vão desmaiar, ou mesmo, chegar a desmaiar de fato. Outras tendem a se sentir sufocadas ou com alguma dificuldade respiratória. Nestes casos, devem procurar atendimento médico urgente”, orientou Ivanaldo.
O fogo começou durante a tarde e à noite ainda impressionava. Vídeos feitos no local mostram muitas chamas e fumaça intensa. Assista abaixo:
Ainda de acordo com Ivanaldo, o incêndio pode ter sido iniciado em um terreno vizinho, onde funcionava uma fábrica de produtos alimentícios. O fogo destruiu milhares de big bags, onde eram guardados os recicláveis.
“Passamos por aqui mais cedo e identificamos o incêndio na vegetação. Acionamos a equipe para vir debelar o fogo. Porém, quando chegamos, vimos que as chamas já haviam atingido o depósito. Quando a gente fala para não praticar queimadas em vegetação, é para evitar coisas como essa”, destacou o coordenador.
Entre as medidas adotadas no local está o resfriamento da área para diminuir a temperatura.
“Estamos aqui, com carros-pipas abastecendo os caminhões dos bombeiros. Nosso plano de ação inicial é fazer o monitoramento e evitar que o fogo se expanda e atinja as residências. Já solicitamos, junto à Seinfra [Secretaria da Infraestrutura], retroescavadeiras para nos ajudar na movimentação desses materiais”.
Conforme pontuou a Defesa Civil, a expectativa é de que o combate ao incêndio dure alguns dias, por causa da alta capacidade inflamável do plástico e da grande extensão da área, que foi estimada em cerca de 20 mil metros quadrados (m²).
Além da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, também participam da ação policiais militares e funcionários da Neoenergia Coelba, que desligaram a rede elétrica para evitar curtos-circuitos, no caso das chamas atingirem a fiação.
Alan Oliveira
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!