A jornalista autuada em flagrante pelo crime de injúria racial durante a festa de pré-Carnaval Fuzuê, na Barra, bairro de Salvador, recebeu liberdade provisória na manhã desta segunda-feira (5), após passar por audiência de custódia. A decisão foi expedida pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA).
Segundo o órgão, a investigada deve cumprir uma série de regras para manter a liberdade. A jornalista é obrigada a comparecer a todos os atos processuais, manter o endereço sempre atualizado e comparecer bimestralmente à Central Integrada de Alternativas Penais (CIAP).
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Além disso, a suspeita está proibida de frequentar festas de rua, de largo, bares e similares, e precisa obedecer a um toque de recolher domiciliar noturno, das 18h às 6h. O toque de recolher também vale aos fins de semana e feriados. Ainda segundo o TJBA, caso a flagranteada descumpra qualquer medida a liberdade provisória será revogada.
O crime aconteceu no sábado (3), quando a jornalista se recusou a ser abordada por uma policial militar negra. De acordo com a Polícia Civil, a mulher se negou a parar no portal de abordagem da PM e declarou que “Não veio do navio negreiro para ser revistada por uma negra” e acrescentou outros insultos contra a vítima.
A delegada Marialda Santos, responsável pelo caso, informou que a autora não demonstrou arrependimento. “Apesar de desconversar, ela manteve o discurso racista”, informou.
Conforme informações apuradas pela TV Bahia, Rosane Maria de Souza Silva é baiana, mas atuava no Rio de Janeiro. Ela também atuava junto a movimentos negros do estado sudestino. Na saída da delegacia, o repórter Muller Nunes tentou falar com a investigada, mas ela não quis dar entrevista.
O iBahia entrou em contato com a defesa da investigada, mas até a publicação desta reportagem não recebeu retorno.
Iamany Santos
Iamany Santos
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