O médico otorinolaringologista Gilson Meirelles Campos Júnior detalhou, neste sábado (27), o sequestro que sofreu ao sair de uma farmácia na Pituba, na quarta (24), em Salvador. Quatro suspeitos foram presos na sexta (26).
![Médico sequestrado em Salvador detalha crime: 'Puxavam a arma'](https://cdn.ibahia.com/img/inline/310000/500x400/Medico-sequestrado-em-Salvador-detalha-crime-Puxav0031808200202404271924-7.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.ibahia.com%2Fimg%2Finline%2F310000%2FMedico-sequestrado-em-Salvador-detalha-crime-Puxav0031808200202404271924.jpg%3Fxid%3D1580013&xid=1580013)
Segundo Gilson, ele foi surpreendido por um carro que travou o dele quando ainda estava no estacionamento do local.
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“Fui surpreendido por um carro que travou o meu, que estava estacionado. Um homem armado me mandou sair do carro, tomei um susto e resolvi obedecer. Me encapuzaram e me colocaram no fundo do carro", relatou em entrevista à TV Bahia.
O médico relatou que que teve as mãos e as pernas amarradas e, em seguida, o carro partiu. O grupo criminoso levou Gilson até a cidade de Castro Alves, no recôncavo baiano. Durante todo o percurso ele foi mantido com uma venda, sem conseguir enxergar, e só descobriu depois onde estava.
Ainda de acordo com Gilson, quando ele saiu do carro dele para o veículo dos suspeitos, ele não levou o celular. Por causa disso, não tinha como fazer as transferências solicitadas pelo quarteto, que entrou em contato com a família do médico para as negociações financeiras. Assustados, os familiares acionaram a polícia.
Médico foi mantido em cativeiro
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Enquanto os suspeitos e os familiares negociavam as transferências, o médico foi levado para um cativeiro em Castro Alves. De acordo com ele, os sequestradores tiveram cuidado para que ele não conseguisse ver o local onde estava sendo mantido ou o rosto deles.
"Eles tentaram passar calma e eu tentei passar frieza. Tentei manter esse equilíbrio pra não aumentar a situação de estresse", contou o médico.
Ameaças
Gilson Meirelles também relatou ter sofrido ameaças durante o trajeto. Apesar dos suspeitos terem afirmado que não o matariam, sob a justificativa de que queriam apenas dinheiro, ele acreditou por diversas vezes que morreria no sequestro.
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"Algumas horas eles se afastavam de mim, começavam a conversar entre si e puxavam a arma e eu pensava: agora vai!".
De acordo com a Polícia Militar, na sexta-feira, equipes que faziam o patrulhamento em Castro Alves avistaram o carro com os suspeitos, eles abandonaram o médico no veículo e fugiram. O médico foi levado para o hospital e liberado no mesmo dia.