O advogado de defesa de Ederlan Mariano, preso na madrugada deste sábado (28) por conta da morte de Sara Mariano, afirmou nesta segunda-feira (30) que o marido da cantora gospel não possui participação no crime.
De acordo com entrevista do advogado Oto Lopes para o "Baia Meio Dia", da TV Bahia, o marido da artista não teria confessado o crime, como foi revelado anteriormente.
Leia mais:
"Ederlan em momento algum assume nenhuma participação no crime. Eu tive acesso aos autos da prisão temporária, ao atos já protocolados, ao pedido de prisão temporária. Conversei com ele sábado e em momento algum ele afirma ter participado, ter mandado ou ter dado qualquer tipo de auxílio para que esse crime acontecesse", disse.
"Pelo contrário, ele narra alguns tipos de condutas, que não cabe a mim julgar, da Sara. Ela como cantora gospel, pregava algo no mundo espiritual e vivia outro no mundo carnal", completou.
Ao ser questionado sobre a motivação da prisão de Ederlan, o advogado falou sobre a decisão da Justiça.
"Ele foi preso porque a autoridade policial entendeu a necessidade da prisão dele temporária para as investigações. Só que eu digo sempre que a prisão temporária remonta ao nazifascismo, onde encarcera pessoas em busca da confissão", finalizou.
Marido preso
O marido de Sara Mariano teve a prisão confirmada pela polícia na manhã de sábado (28), após confessar o crime. Ele foi preso temporariamente, porque um dos delegados que investiga o caso apontou que houve clara intenção do investigado destruir possíveis provas armazenadas no celular da vítima.
De acordo com o delegado que acompanha as investigações da morte da cantora gospel, o crime foi planejado em setembro.
"De acordo com as informações já dentro do inquérito, toda a articulação para a morte da posta se iniciou no dia 24 de setembro, o que nos remete a participação de outras possíveis pessoas envolvidas neste crime", afirmou Evaldo Costa, titular da delegacia de Dias D'Ávila.
O delegado afirmou que aguarda os laudos periciais e técnicos para estabelecer uma motivação para o crime. Ainda segundo ele, Ederlan Mariano tentou apagar aplicativos e mensagens do celular da vítima.
