Mais de 400 aves foram apreendidas pela Polícia Federal na Operação Voo Livre, deflagrada na manhã desta terça-feira (05) nas cidades de Simões Filho e Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. O objetivo da operação é cumprir mandados judiciais decorrente de investigação relativa ao tráfico ilegal de animais.
A investigação teve início com a apreensão de uma Arara-azul-grande (Anodorhynchus hyacinthinus), que estava sendo comercializada, com anilha falsa, juntamente com outras aves da fauna silvestre nacional.
Leia também:
No decorrer da apuração da Polícia Federal, foi identificada a existência de uma associação criminosa entre comerciantes de aves ilegais, da fauna silvestre e exótica, que negociam animais de difícil reprodução em cativeiro, como Araras e Tucanos, o que indica que muitos tenham sido retirados ainda filhotes da natureza, para anilhamento, criação e revenda.
A operação acontece com o apoio da Companhia Independente de Polícia de Proteção Ambiental (COPPA) e do Centro de Triagem de Animais Silvestres CETAS/INEMA.
Tráfico ilegal de animais
O tráfico de animais silvestres causa enorme prejuízo à fauna brasileira, criando graves desequilíbrios ambientais, inclusive em ecossistemas protegidos, podendo expor determinadas espécies ao risco de extinção. Desta forma, a criação de animais silvestres somente é permitida, quando adquiridos de criadores comerciais registrados no IBAMA, que possuam Cadastro Técnico Federal (CFT) e autorização no Sistema Nacional de Gestão de Fauna (SisFauna).
Nesta terça, equipes da Polícia Federal, com apoio da COPPA/PM, cumpriram nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia, sendo os animais aprendidos sido encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do INEMA, para reabilitação e possível devolução a natureza.
Os investigados pela comercialização dos animais irão responder pelos crimes de tráfico e maus-tratos de animais, associação criminosa, receptação e falsificação de selo ou sinal público. As penas, somadas, podem chegar a 15 anos de reclusão.
Gabriela Braga
Gabriela Braga
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!