A Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão em Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador, na manhã desta terça-feira (28). A Operação Fake Front investiga fraudes cometidas contra a Caixa Econômica Federal, Previdência Social e outras instituições bancárias. O prejuízo das fraudes ultrapassa R$ 1 milhão para as instituições bancárias envolvidas.
Conforme a PF, a investigação identificou que foram abertas 19 contas bancárias em agências da Caixa Econômica Federal de Feira de Santana e Brasília com a utilização de documentos falsos, visando obter recursos via empréstimos fraudulentos.
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A investigação aponta ainda que os criminosos faziam diversos empréstimos através das contas bancárias fraudadas. Com o recurso do golpe, os fraudadores compravam produtos no comércio de Feira de Santana. Grande parte era gasta em agências de turismo e casas de material de construção.
PF seguiu o destino do dinheiro das fraudes para chegar as contas
A Polícia Federal passou a seguir o destino dado ao dinheiro que entrava nas contas bancárias abertas com documentos falsos e conseguiu identificar parte do grupo beneficiado com as fraudes.
Os mandados judiciais foram expedidos pela 1ª Vara Federal da Seção Judiciária de Feira de Santana. Os investigados irão responder pelos crimes de associação criminosa e estelionato.
Além disso, a PF detalhou que o nome da operação se deve à prática pelos fraudadores de adulteração de dados da parte da frente das carteiras de identidade usadas para abertura das contas bancárias. No local, ficam inseridas a fotografia e impressão digital de integrantes do grupo criminoso, mantendo no verso os dados verdadeiros dos documentos de identificação.
Em nota, a CAIXA informou que atua "conjuntamente com a Polícia Federal e demais órgãos de segurança pública em suas investigações e operações. As informações relacionadas aos casos suspeitos de fraude e as ações realizadas pela área de segurança da CAIXA para investigar e coibir fraudes possuem caráter sigiloso, sendo repassadas apenas às autoridades policiais e de controle, tendo em vista risco de comprometimento de investigações criminais em andamento."
O banco ainda ressaltou que "aperfeiçoa constantemente os critérios de segurança, observando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a ocorrência de fraudes."
Iamany Santos
Iamany Santos
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