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Segurança é condenado por matar meninos em estação de trem de Salvador

Segundo informaram famílias das vítimas, homem deve cumprir mais de 40 anos de prisão pelo crime, que aconteceu em 2017

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Redação iBahia

25/09/2023 às 22:10 • Atualizada em 26/09/2023 às 1:16 - há XX semanas
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					Segurança é condenado por matar meninos em estação de trem de Salvador
Foto: Reprodução/TV Bahia

O segurança que confessou ter matado dois adolescentes e ferido outros dois a tiros, dentro de uma estação de trem em Salvador, foi condenado nesta segunda-feira (25), seis anos após os crimes.

A informação foi confirmada para a TV Bahia por familiares das vítimas, que acompanharam o júri ao longo do dia. A reportagem também procurou o Tribunal de Justiça (TJ-BA) e o Ministério Público da Bahia (MP-BA), mas não teve retorno até a última atualização desta publicação.

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Segundo as famílias, Júlio César de Jesus Perpétuo pegou uma pena de 42 anos de prisão. O homem chegou a ser preso depois do crime, em 2017, mas foi solto um ano depois e aguardava a audiência em liberdade, sob monitoramento eletrônico.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Júlio César.

Relembre o caso

O crime aconteceu no dia 27 de abril de 2017, na extinta Estação Santa Luzia, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Deivid Barreto, de 16 anos, e Cleidson Santos, de 15, morreram na hora.


				
					Segurança é condenado por matar meninos em estação de trem de Salvador
Foto: Reprodução/TV Bahia

As outras duas vítimas foram: uma menina que na época tinha 15 anos e atingida por um tiro de raspão na mão; e um garoto que tinha 16 anos e foi baleado na coluna, ficando paraplégico.

No dia do crime, os adolescentes voltavam do Colégio Estadual Castro Alves, localizado no bairro da Calçada, onde estudavam. Eles teriam discutido com Júlio César Perpétuo, que trabalhava como segurança da estação, e atirou nos garotos.

O desentendimento seria por causa das portas do trem que teriam sido mantidas abertas pelos jovens quando eles ainda estavam indo para a escola. Depois, quando voltavam para casa, os adolescentes se reencontraram com o segurança e foram baleados.

Júlio César, que trabalhava na estação há menos de um ano e não tinha autorização para usar armas no local, foi identificado por testemunhas como autor dos disparos e também confessou o crime.

No entanto, segundo a polícia informou na época, o segurança alegou que cometeu o crime para se defender, porque vinha sendo ameaçado pelas vítimas. Ele alegou no depoimento que não teve a intenção de matar, e afirmou que só queria se defender e que estava arrependido.

De acordo com a Polícia Civil, Júlio Cesar disse ainda que não trabalhava armado, mas que, no dia do crime, levou a arma para se defender.

Ainda segundo a polícia, o segurança relatou que tinha um revólver calibre 38 havia cinco anos. Júlio César teria jogado a arma em um contêiner de lixo durante a fuga.

Contudo, a jovem de 15 anos que foi baleada relatou à TV Bahia, dias após o crime, que o homem atirou neles sem dizer nada. "Ele só puxou a arma e atirou. Atirou e não falou nada”, contou.

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