Um servidor da Prefeitura de Salvador foi exonerado após ser preso, na última sexta-feira (8), suspeito de agredir a namorada em um apartamento no bairro do Caminho das Árvores. Por meio de nota divulgada nesta terça-feira (12), a gestão municipal informou que Antônio Carlos Couto Carahy Neto, lotado na Secretaria de Mobilidade (Semob), foi desligado do cargo e reforçou que “repudia todo e qualquer tipo de violência contra a mulher”. A defesa do suspeito ainda não foi localizada, segundo informou o g1.

Segundo a Polícia Civil (PC), Antônio Carlos foi detido em flagrante pelos crimes de lesão corporal, ameaça e injúria contra uma mulher de 36 anos. Segundo o boletim de ocorrência, ele teria agredido a vítima física e verbalmente, sendo que ela conseguiu pedir ajuda a vizinhos para sair do imóvel.
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Durante a prisão, a polícia encontrou com o suspeito uma pistola, um carregador e 13 munições. Ele foi encaminhado à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam/Casa da Mulher Brasileira).
No domingo (10), Antônio Carlos passou por audiência de custódia e foi liberado. Sua defesa pediu a liberdade provisória, alegando que não havia motivos para mantê-lo preso. No interrogatório, ele negou ter agredido diretamente a namorada e afirmou que a discussão começou por ciúmes, dizendo que apenas tentou segurá-la quando ela se levantou, sem saber a causa do sangramento relatado pela vítima.
Durante a audiência, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) solicitou a homologação da prisão em flagrante e recomendou medidas cautelares para proteger a vítima.
O juiz concedeu a liberdade provisória com as seguintes restrições:
- Comparecimento bimestral em juízo por um ano;
- Proibição de se aproximar da vítima a menos de 300 metros ou de manter contato por qualquer meio;
- Recolhimento domiciliar noturno, das 22h às 6h;
- Proibição de frequentar locais de venda ou consumo de bebidas alcoólicas e eventos;
- Suspensão do registro da arma de fogo apreendida.
As medidas protetivas de urgência terão validade inicial de seis meses, podendo ser renovadas. O descumprimento pode resultar na revogação da liberdade provisória e aplicação de novas sanções.
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