Sete indivíduos foram presos na segunda fase da "Operação Convictus", que apura a atuação de uma organização criminosa ligada ao tráfico interestadual de drogas e armas, além de crimes de lavagem de dinheiro. A Polícia Federal (PF) informou ao g1 Bahia que as transações financeiras identificadas somam mais de R$ 5 milhões.

Um dos alvos presos foi encontrado em uma casa na Alameda dos Eucaliptos, no bairro do Caminho das Árvores, em Salvador.
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Segundo a PF, a operação é resultado de uma investigação iniciada a partir das atividades de um narcotraficante que, embora inicialmente ligado a uma facção criminosa, passou a atuar de forma independente, negociando e revendendo drogas e armas para outros grupos criminosos.
A identidade do suspeito não foi oficialmente divulgada pela PF. No entanto, a TV Bahia apurou que se trata de Rodolfo Borges Barbosa de Souza, preso em setembro de 2024, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Mesmo já detido, ele foi alvo de um novo mandado de prisão.
Na ocasião de sua prisão, Rodolfo chegou a oferecer R$ 500 mil para não ser levado pelos policiais. Ele já havia sido preso em 2020 e também responde por outros crimes, como estelionato e uso de documentos falsos.
A operação contou com o apoio do Ministério Público da Bahia (MP-BA) e da Polícia Militar (PM-BA).
Nesta fase da operação, estão sendo cumpridas as seguintes medidas judiciais:
- Oito mandados de prisão preventiva;
- Onze mandados de busca e apreensão;
- Sequestro de bens e bloqueio judicial de contas bancárias, envolvendo 69 CPFs e CNPJs;
- Bloqueio de veículos registrados em nome dos investigados;
- Durante as diligências, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, valores em espécie superiores a R$ 5 mil, além de documentos comprobatórios de bens e veículos relacionados à organização criminosa.

Distribuição de drogas e vendas de armas
As investigações apontaram que a organização criminosa adquiria grandes quantidades de entorpecentes - como maconha do tipo skunk, cocaína, crack, ecstasy, lança-perfume, tetracaína e cafeína - para distribuição principalmente em Salvador e na Região Metropolitana.
Também foram identificadas negociações para a compra de armamentos pesados, incluindo pistolas, fuzis e até metralhadoras com munição antiaérea, destinadas a confrontos entre facções rivais.
Além do tráfico de drogas e armas, a Polícia Federal revelou um esquema de lavagem de dinheiro, que envolvia o uso de empresas de fachada, contas bancárias em nome de terceiros, veículos de luxo e lojas de automóveis, utilizadas para ocultar e dissimular os lucros provenientes da atividade criminosa.
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