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Suspeito de matar metalúrgico tem prisão preventiva decretada na BA

Pedido foi atendido após solicitação da Polícia Civil; caso aconteceu no dia 15 de novembro

foto autor

Nathália Amorim

23/11/2023 às 6:39 - há XX semanas
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A Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito de balear um metalúrgico Jacivaldo Pereira durante uma briga de trânsito em Feira de Santana, cidade a 100km de Salvador. O pedido foi atendido após solicitação da Polícia Civil.


				
					Suspeito de matar metalúrgico tem prisão preventiva decretada na BA
Jacivaldo Pereira Gomes, de 44 anos, foi baleado em Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador. Foto: Reprodução / Redes sociais

Até então, o suspeito segue foragido. Ainda na quarta-feira (22) buscas foram realizadas, mas o homem não foi localizado.

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O caso aconteceu no dia 15 de novembro e foi registrado por uma câmera de segurança que filmou toda a ação. No momento do crime, a vítima estava acompanhado das duas filhas, de 24 e 8 anos, e do neto de 2 anos.

Na tarde de quarta-feira o advogado do suspeito foi à delegacia e informou que o acusado vai se apresentar até a próxima quinta-feira (23) na delegacia.

Ação durou 1 minuto

O homem suspeito de matar a tiros o metalúrgico Jacivaldo Pereira, de 44 anos, durante uma briga de trânsito em Feira de Santana teria mentido ao dizer que a discussão com a vítima havia demorado.

De acordo com o delegado Gustavo Coutinho, que investiga o caso e confirmou a informação, toda a ação ocorreu durante um minuto. Ainda segundo a investigação, aparentemente a batida foi leve e sem danos para o veículo.

"Foi um pequeno choque e inclusive o carro do autor [dos disparos] tinha um reboque e não tinha necessidade de ele estar ali discutindo. A vítima estava indefesa e desarmada.[...] Deu para perceber que foi uma coisa muito rápida, de 50 segundos a um minuto", afirmou Gustavo Coutinho.

Ainda de acordo com o delegado, a ação foi muito rápida e não justifica os tiros contra o dentista Lucas Ferraz. O homem ainda não foi preso.

Gustavo Coutinho diz ainda que o crime poderia ter sido evitado se o suspeito tivesse conversado e resolvido a situação com a ´vitima, sem a necessidade do uso de arma.

"Nada justifica o autor ter ceifado a vida de um trabalhador. Uma pessoa de bem que estava com a família, filhas e um neto de 2 anos. Uma pessoa que não oferecia risco nenhum , disse o delegado.

Depoimento do suspeito

O delegado também detalhou o depoimento do suspeito. Ele teria dito que a discussão durou de três a cinco minutos e que a vítima tinha partido para cima dele.

A defesa do dentista Lucas Ferraz afirma que Jacivaldo Pereira estava alcoolizado e provocou a briga. No entanto, a versão não foi confirmado pelo delegado.

"Estamos aguardando o laudo cadavérico que vai demonstrar realmente se a vítima estava ingerindo bebida alcoólica ou não. Mas independentemente disso não justifica o fato. [...] É mais um motivo para o autor saber que não havia necessidade de efetuar um disparo por causa de uma pequena colisão de trânsito", disse o delegado.

As câmeras de segurança instaladas na Avenida Eduardo Froés da Mota, perto do bairro Santo Antônio dos Prazeres, mostra que o carro dirigido por Jacivaldo colidiu na parte traseira do veículo de Lucas.

Os familiares do metalúrgico contaram que o suspeito já saiu do veículo nervoso com a arma nas mãos. Ele teria dito que iria pagar o prejuízo e foi baleado.

"A mulher que estava com ele segurou a mão dele e disse 'por favor, por favor'. Ele apontou a arma para o meu pai e eu e a minha irmã de oito anos gritamos: 'por favor, não atira no meu pai, ele vai pagar'. Ele atirou no pai e saiu friamente", afirmou Alana Costa, filha mais velha de Jacivaldo.

A vítima chegou a ser socorrida para uma unidade de saúde, passou por uma cirurgia mas não resistiu. O corpo dele foi sepultado na manhã de sexta-feira (17), sob forte comoção.

Versão da defesa do suspeito

Segundo a defesa do suspeito, ele estava a caminho de uma missa no momento do crime. O advogado Joari Wagner, o cliente só usou a arma de fogo porque Jacivaldo foi 'para cima dele'

"Ele informa que a todo momento tentou afastar e que Jacivaldo estava visivelmente embriagado, alterado e exaltado. Ele tem plena consciência que as imagens das câmeras de segurança do local vão comprovar tudo isso", afirmou o advogado.

O advogado diz ainda que o cliente tento atirar na perna de Jacivaldo para contê-lo, mas o disparo atingiu a região da cintura.

A família da vítima contesta a versão. Testemunhas afirmam que o atirador estava sem camisa e não estava a caminha da missa.

"Eu, quando vou à missa, levo minha Bíblia, não vou com arma na mão. Ele está mentindo", disse Alana Costa, filha mais velha de Jacivaldo.

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