A kombi usada pelos três trabalhadores assassinados no bairro do Alto do Cabrito, no Subúrbio de Salvador, foi localizada nesta quinta-feira (18) em Granjas Rurais. As vítimas, que trabalhavam em uma empresa de internet, foram sequestradas enquanto faziam uma instalação no bairro de Marechal Rondon.
Segundo o g1, os corpos de Ricardo Antônio da Silva Souza, 44 anos, Jackson Santos Macedo, 41 anos, e Patrick Vinícius dos Santos Horta, 28 anos, foram encontrados na noite de terça-feira (16). Não há registros policiais contra as vítimas.
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Em entrevista à TV Bahia, o secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, afirmou que determinou prioridade nas investigações, classificando a ação como "bárbara" e "violenta", cometida de forma "covarde".
Uma das hipóteses investigadas é de que os homens teriam sido "punidos" por a empresa em que trabalhavam não ter pago um "pedágio" exigido por traficantes para atuar na região. "A gente não descarta. Especialmente pelo que as pessoas vêm comentando nas redes sociais. Mas não que a gente tenha encontrado alguma evidência nesse sentido", disse a delegada Lígia Nunes de Sá, diretora do DHPP.
A Planet Internet, empresa para a qual as vítimas trabalhavam, emitiu nota afirmando que não recebeu nenhum pedido de resgate ou pagamento para a equipe acessar a localidade e que tem colaborado com as autoridades.
Repercussão
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), classificou o crime como "brutal e inaceitável" e afirmou que a investigação será conduzida com rigor para identificar e responsabilizar os autores. "Vamos seguir enfrentando a violência com firmeza e responsabilidade", escreveu.
O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações da Bahia (Sinttel-Bahia) também se manifestou, expressando pesar e indignação. "Perder a vida no exercício do trabalho é um fato inaceitável que fere não apenas a categoria, mas toda a sociedade baiana", afirmou Joselito Ferreira, presidente da entidade.
A entidade reforçou o pedido de uma investigação "célere, rigorosa e transparente" e solicitou uma audiência pública com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para discutir protocolos de proteção a serem seguidos pelas empresas.
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