Carolina Velasco, de 25 anos, se considera a “louca dos aplicativos”. A publicitária é um exemplo de que dá para viver tranquilamente sem carteira, já que resolve tudo pelo celular: a locomoção fica por conta do Uber ou 99taxis, a comidinha é solicitada em aplicativos de delivery como iFood e as contas são pagas pelo programa do banco no smartphone. Além dos aplicativos usados por ela, há também opções para quem quer comprar produtos no Brasil e até na China ou contratar manicure, diarista e outros profissionais.
— O conforto de resolver tudo rapidamente, sem filas, e a segurança são as vantagens. Não preciso enfrentar filas, muito menos andar com dinheiro, que é um perigo.
A procura pelos aplicativos não é a única opção para quem quer substituir o uso do dinheiro e até do cartão de crédito. Pelo Samsung Pay, basta encostar o smartphone na máquina de cartão para efetuar o pagamento em uma loja. Segundo a empresa, a segurança é garantida por meio da impressão digital do cliente.
— Nenhum dado é transmitido, já que cada transação é efetuada apenas por códigos digitais criptografados — disse Paulo Cesar do Nascimento, executivo sênior responsável pelo Samsung Pay no Brasil.
Por enquanto, apenas 10 celular são compatíveis com o serviço. Em breve, a expectativa é que outros passem a oferecer a função, e que os concorrentes Apple Pay e Android Pay cheguem ao país.
O educador financeiro Adenias Gonçalves Filho concorda que o uso desses serviços oferece muita praticidade, mas lembra que a soma dos pequenos gastos chega na fatura do cartão de crédito:
— Requer disciplina. Como a pessoa não percebe que está gastando, pode não se dar conta que está extrapolando do “dinheiro virtual”. O mais importante é controlar os gastos e pagar a fatura do cartão de crédito à vista.
Gerente de empreendedorismo e Internacionalização da DeVry Brasil e Ibmec , Marco Aurélio de Sá Ribeiro afirma que a desmonetização da economia é uma tendência que veio para ficar.
— Interessa ao consumidor, que não precisa ter medo e carregar valores. O comerciante não se preocupar com a segurança e títulos de crédito, como cheques, que ninguém mais usa. As transações são automáticas, ele vende e o dinheiro vai cair na conta. É também interessante para o governo, porque fica mais difícil sonegar impostos. Abre novas oportunidades de negócios para empresas e profissionais autônomos. No futuro, poderemos trocar até mesmo o celular por óculos e relógios inteligentes para os pagamentos.
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Redação iBahia
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