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SALVADOR

120 campos e quadras serão recuperados e reformados em Salvador

O objetivo, segundo a prefeitura, é estimular a prática do esporte. Em 2016, a requalificação continua: a cidade tem, hoje, 374 espaços esportivos cadastrados

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02/11/2015 às 16:17 • Atualizada em 01/09/2022 às 2:49 - há XX semanas
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Não importa o horário: pode ser de manhã, logo cedo, ou lá pelas 23h. Quem passa pelo campo de futebol próximo à Avenida Paralela, no Bairro da Paz, vai encontrar a bola rolando. “Antes, era só sábado e domingo. Agora, tem baba todo dia, todo horário. Tem até gente demais a ponto de termos que organizar os horários”, conta a estudante de Administração Jamile da Conceição, 28 anos, que mora no bairro há mais de 20 anos. O “antes” ao qual Jamile se refere era o período até agosto desse ano, quando o campo foi inaugurado. O espaço foi um dos 105 equipamentos esportivos – entre campos e quadras – entregues pela prefeitura desde o ano passado. A meta é que, até o fim do ano, 120 tenham sido concluídos em localidades como Cajazeiras, Castelo Branco, Nordeste de Amaralina, São Gonçalo do Retiro e Alto da Terezinha.

A quadra de Tubarão foi entregue junto às obras de requalificação da Orla do bairro (Foto: Mauro Akin Nassor)

“(O campo) estava numa situação que fazia medo. Foram muitos anos lutando por essa reforma, porque o Bairro da Paz ainda é muito carente de lazer. Na região onde eu moro, é a única opção que as pessoas têm, inclusive durante o dia”, diz Jamile. O solo do campo antigo era irregular, a iluminação era precária e o alambrado estava destruído. Se uma bola pegasse um impacto maior, corria o risco muito grande de chegar até a Avenida Paralela - e a criança que fosse em busca dela tinha que se aventurar entre os carros. “Temos um projeto social com 75 crianças e (o campo) é para que elas tenham uma ocupação. A gente quer mostrar para esses meninos o caminho certo”. Incentivo O diretor de Esportes da Secretaria Municipal de Promoção Social, Esporte e Combate à Pobreza (Semps), Téo Sena, reforça que o principal objetivo do projeto de reforma aos campos e quadras é o incentivo à prática de esportes. “O desafio maior é fazer com que esses campos sejam ocupados de forma ordenada e com que essas comunidades possam oferecer lazer e educação às crianças e adolescentes”. Dos 120 espaços que devem ser entregues, 11 foram “adotados” por uma cervejaria e há, ainda, contribuições de emendas parlamentares do deputado Popó e do prefeito ACM Neto, quando ainda era deputado federal. Outros 35 foram recuperados em um programa da Secretaria Municipal de Educação. As outras obras fazem parte de uma licitação da Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop), no valor de R$ 15 milhões. “Até agora, utilizamos cerca de R$ 7 milhões, então vamos construir mais ainda no próximo ano, porque queremos ampliar essas reformas”. Na Semps, estão cadastrados 374 campos e quadras. Reforma integrada Alguns dos equipamentos são integrados a reformas maiores, como a requalificação da Orla. Em Tubarão, duas quadras foram recuperadas no ano passado - uma delas, de frente para o mar, junto ao projeto da Orla. “Estava em um estado precário, sem iluminação. E era um problema, porque muitas escolinhas de futebol usam. Desde a reforma, está tudo novo”, conta a líder comunitária Valdízia Freitas, 57. No Campo do Lasca, na Ribeira, a reforma ajudou até a movimentar a economia local. “O comércio aqui é movimentado pelo campo. Lanchonete, bares, casa de esporte... O movimento é até meia-noite e diminui até o risco de assalto”, afirma o comerciante Aguinaldo Silva, 54. Treinamento de atletas Mas, com o foco na formação de atletas, serão inaugurados, no ano que vem, dois ginásios na cidade: um no Centro Esportivo Biriba, em Itapuã, e outro em São Marcos. As obras devem ser iniciadas em fevereiro e o prazo de conclusão é de até oito meses. “Esses serão locais de treinamento esportivo para incentivar atletas mesmo. Não vai ser para competição. Cada um deles deve ter cerca de 600 crianças praticando, inicialmente, futsal, vôlei, basquete, handebol e ginástica rítmica”, diz o diretor Téo Senna. Os recursos são provenientes do Ministério do Esporte e cada ginásio demanda um investimento de cerca de R$ 3 milhões. A prefeitura será responsável pelos equipamentos e pela contratação de professores.
Correio24horas

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