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SALVADOR

Acidentes e alterações fazem da Estrada da Rainha um inferno

Após vazamento, via precisou ser bloqueada para iniciar os reparos

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04/06/2013 às 7:59 • Atualizada em 26/08/2022 às 21:43 - há XX semanas
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O trânsito de Salvador já não é convidativo, mas há dias piores. E ontem foi um deles. Buracos, veículos quebrados e mudanças no tráfego complicaram ainda mais o que já é confuso habitualmente. O congestionamento das vias urbanas chegou até a BR-324, que registrou oito quilômetros de engarrafamento. “A razão dos congestionamentos foram duas adutoras da Embasa que quebraram. Uma na Estrada da Rainha e outra no Rio Vermelho. Além disso, houve uma sobrecarga nas avenidas Bonocô e Ogunjá, por conta das mudanças no trânsito na região do Dique do Tororó”, justificou o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller.
Adutora se rompeu na Estrada da Rainha, pavimentação foi danificada e via teve que ser interditada
Segundo ele, as avenidas Paralela, ACM - no sentido Rótula do Abacaxi - e Bonocô. Além da orla, registraram os maiores pontos de lentidão. Muller afirmou que os congestionamentos nas regiões onde o tráfego foi alterado não foram surpresa. “Deslocamos equipes para a região da Bonocô desde as 6h. O trânsito não ficou parado por muito tempo, estava lento, mas estava fluindo”, disse. A Embasa explicou, através da assessoria de comunicação, que no Rio Vermelho não houve vazamento de adutora. Segundo o órgão, foram realizadas obras na Rua Odilon Santos na semana passada e, devido à chuva de ontem, o local “afundou”, gerando um desnível na pista. Ontem foi realizado o calçamento do local e a previsão é que um novo asfalto seja colocado hoje. Em relação à adutora da Estrada da Rainha, a Embasa reconheceu o vazamento, que começou a ser reparado na manhã de ontem. Assim, a via precisou ser bloqueada. Enquanto isso, motoristas que passavam pela Avenida Edgar Santos, em Narandiba, também sofreram com um grande buraco aberto na via, devido ao serviço de ampliação da rede de escoamento da chuva. Por conta do buraco, apenas um carro por vez conseguia passar pelo local, no sentido Cabula. No sentido oposto, o trânsito também estava lento, devido ao engarrafamento da Paralela. Resultado: o tempo para ir de Narandiba à região do Iguatemi foi de mais de uma hora. A quebra de veículos nas avenidas Paralela e Luís Eduardo Magalhães e na Rótula do Abacaxi também contribuíram para o travamento das principais vias da cidade. Cansado de esperar, o estudante Anderson Silva resolveu seguir andando. “Eu moro na Bonocô e estudo na Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Faço esse percurso em 40 minutos. Hoje, eu levei 40 minutos só da Bonocô até a Rótula do Abacaxi. Vou chegar atrasado na aula. Andando acho que vou chegar mais rápido”, disse rindo, mas nem um pouco satisfeito. No meio da confusão do trânsito, compromissos precisaram ser remarcados. “Tinha consulta marcada para 8h30 no Itaigara, mas só consegui chegar às 9h50. Vou ter que remarcar”, contou a servente Joselita Araújo. A secretária parlamentar Daniela Passos, que saiu de Paripe, no Subúrbio Ferroviário, foi outra que penou. “A BR estava toda travada, desde Águas Claras até o Retiro. Depois veio o engarrafamento da Avenida Barros Reis e Rótula do Abacaxi”, relatou. PrejuízoAlgumas alterações previstas pela prefeitura para o trânsito de Salvador também já entraram em vigor e foram apontadas por alguns motoristas como as causadoras dos congestionamentos. “Eu passo pela Avenida Bonocô todos os dias para ir trabalhar. Hoje, o fluxo de carros está maior, isso é notável. Peguei congestionamento no início da avenida quando geralmente eu pego no final, já entrando para a ACM”, contou a assessora parlamentar Maria Manuela Oliveira. Os acessos ao Dique do Tororó através da ladeira ao lado da Arena Fonte Nova e das ladeiras dos Galés e da Fonte das Pedras foram bloqueados. Uma das alternativas para os motoristas que precisam chegar ao Dique é utilizar a Avenida Bonocô, passando pelo Ogunjá e pela Vasco da Gama. De acordo com a Transalvador, estas alterações devem permanecer até o final da Copa das Confederações e o trânsito na área só vai voltar à normalidade em 5 de julho. Outra mudança ocorreu na Alameda dos Ipês, no Horto Florestal, que passou a ser via única no sentido Brotas. Na Avenida Tancredo Neves, o acesso aos bairros do Costa Azul e Stiep passa a ser bloqueado durante os horários de pico, entre as 17h e as 20h. Está prevista ainda a redução no número de ônibus que trafegam pela Avenida Tancredo Neves, através do serviço de integração.
FaixasAinda sem data definida pela prefeitura, haverá ainda a ampliação do número de faixas da Avenida Paralela, a retirada de sinaleiras em cinco pontos da cidade, a mudança de ponto de ônibus na Bonocô, a criação de vias direcionais na Rótula do Abacaxi e a regulamentação do serviço de carga e descarga. Desde o dia 1º até o dia 3 de julho, está proibido o estacionamento no Largo do Campo Grande, no lado direito da via que margeia a Praça Dois de Julho, e no trecho situado entre o Hotel Sheraton e o portão de acesso à praça. A partir de 17 de junho até o dia 3 de julho, será proibido também estacionar no lado esquerdo da Rua Fonte do Boi, no Rio Vermelho - em frente ao imóvel de número 176. Mudança no acesso ao Costa Azul começa sem congestionamentoApesar da irritação de alguns motoristas, não houve grandes complicações no primeiro dia da mudança no tráfego entre as avenidas Tancredo Neves e a Magalhães Neto. No dias úteis, o acesso ao Costa Azul ficará bloqueado das 17h às 20h. “É normal, as pessoas resistem a mudanças. Tem outro problema: as pessoas não querem ficar presas no trânsito, mas também não querem dirigir. É melhor o tempo de andar 500, 600 metros, até um quilômetro que representa uma redução muito maior no tempo que se fica parado”, argumentou Fabrizzio Muller, superintendente da Transalvador. A mudança também atingiu pedestres, já que a sinaleira na saída da Tancredo Neves foi desativada. Agora, é preciso usar a passarela, que ainda está incompleta. Segundo Muller, a passarela será readaptada para chegar ao outro lado da via. Matéria original do CorreioBuracos nas vias, acidentes e alterações fazem da Estrada da Rainha um inferno

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