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SALVADOR

Adolescente apreendido confessa ter atirado contra cadeirante em Fazenda Coutos

O jovem ainda apontou o traficante Rodrigo Santos Silva, o Galego, como o autor de oito tiros que atingiram o cadeirante

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16/03/2012 às 20:34 • Atualizada em 30/08/2022 às 4:54 - há XX semanas
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Mais um dos envolvidos na morte do deficiente físico Waldir Santos, conhecido como Gordo, morto com nove tiros na localidade na Morada da Lagoa, em Valéria, no último domingo (11), foi interrogado na tarde desta sexta-feira (16). O adolescente apreendido confessou ter disparado contra o cadeirante e ainda apontou o traficante Rodrigo Santos Silva, o Galego, como o autor de outros oito tiros que atingiram a vítima. O adolescente de 17 anos, conhecido como Leleco, confessou, em depoimento na 5ª Delegacia Territorial (DT- Periperi), que atirou contra o cadeirante com um revólver calibre 38, que foi apreendida ontem. A arma pertencia ao traficante Alberto dos Santos Souza, o Zé, 18 anos, que foi preso com outros dois comparsas Emerson Lopes Alves, 20 anos, e Marcos Vinícius Reis dos Santos, o Caveirinha, 28, por tráfico de drogas e porte ilegal de arma. Segundo informações da polícia, depois de descobrir que tinha sido entregue por Zé, o adolescente se apresentou na delegacia e foi encaminhado para a Delegacia Para o Adolescente Infrator (DAI), em Brotas. Segundo o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos, Galego, que continua foragido, e Leleco executaram Waldir, devido ao cadeirante integrar uma quadrilha de traficantes rivais. Na delegacia, o adolescente admitiu ter disparado o último dos nove tiros que mataram a vítima. As investigações prosseguem, visando localizar e prender Rodrigo Santos Silva. Diferentes versõesA polícia trabalha com uma nova linha de investigação para a morte do deficiente físico Waldir Santos, 48 anos, ocorrida no domingo. Novas testemunhas do Conjunto Morada da Lagoa, ouvidas pelo CORREIO, nesta terça (13), indicam que a morte de Gordo, como a vítima também era conhecida, pode não ter sido acidental. Os nove tiros que atingiram o comerciante, de acordo com os relatos, seriam fruto de uma retaliação do atual chefe da boca de fumo, o traficante conhecido como Negão. “Quando Waldir estava voltando para casa, um homem atirou para cima e disse: ‘é você mesmo desgraça que tô querendo pegar’. Em seguida atirou pra valer nele. Essa é a única lei que vale aqui. A lei do tráfico”, diz uma moradora. Na versão relatada por parentes ao CORREIO, Waldir teria passado no meio de um tiroteio entre gangues de traficantes e não conseguiu escapar porque a sua cadeira de rodas motorizada descarregou. Mas um morador apontou como autor do homicídio um traficante conhecido como Galego. Outro vizinho conta que um criminoso chamado Galha estava no momento do crime e que os dois são do bando de Negão. No entanto, tanto a família, quanto os vizinhos atestam que o comerciante morto não tinha envolvimento com o tráfico e era um cidadão de bem. O motivo da execução seria porque ele era amigo de Duzinho, antigo comandante da área e rival de Negão. “Duzinho frequentava o bar dele, trocavam algumas palavras, nada demais. Em bairro perigoso como esse é preciso cumprimentar os traficantes. É uma questão de sobrevivência. O problema é que Duzinho morreu ano passado e agora Negão extermina quem acha que era amigo do rival”, ressalta um vizinho.

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