Antes de matar funcionária da Ufba, ladrões assaltaram homem

O retrato falado dos dois ladrões que assassinaram a funcionária da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Selma Barbosa Alves, 53 anos, no começo da madrugada desta segunda-feira (12) será feito nas próximas horas, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

O retrato falado dos suspeitos será feito com base na descrição de feita por um correntista de uma agência do Bradesco, em Itapuã, que foi assaltado pela dupla duas horas e meia antes do latrocínio no Costa Azul.

"O depoimento da vítima de assalto também poderá auxiliar a polícia na elucidação do crime", disse a delegada Rogéria Araújo, da 9ª Delegacia, que já pediu as imagens das câmeras de segurança do Bradesco para tentar identificar os suspeitos. O cliente foi atacado por volta das 22h.

O correntista contou que em depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que foi abordado por um dos ladrões ao se aproximar de um caixa. Ele teve roubados o relógio, as chaves do carro e outros pertences. O segundo assaltante esperava o comparsa em frente ao banco. Os dois fugiram no carro da vítima, um Celta preto de placa NYT-5784.

Foi com este carro roubado em Itapuã que os ladrões interceptaram Selma em frente ao edifício Vila do Mar, na rua Arthur de Azevedo Machado, no começo da madrugada de hoje. Selma foi baleada na cabeça e jogada na rua. Os ladrões fugiram com o carro dela, um Fiat Punto de placa NZY-4231. O Celta roubado do correntista do Bradesco foi deixado no local do crime.

A amiga de Selma, que foi deixada por ela em frente ao prédio pouco antes do crime, ainda será ouvida pela polícia. As imagens das câmeras de segurança do prédio já estão com a polícia. "Uma equipe da 9ª DT está refazendo o trajeto feito pela vítima e também pelos bandidos até o Costa Azul, buscando identificar testemunhas e câmeras de outros imóveis da região, que possam contribuir com as investigações", diz a delegada Rogéria.

O corpo de Selma será sepultado em Natal (RN), sua cidade natal. Ela trabalhava no laboratório de TV e Vídeo da Faculdade de Comunicação, e era muito querida entre os alunos e colegas da instituição. Todas as aulas foram suspensas na faculdade nesta manhã (12). A jornalista morava sozinha em Salvador e trabalhava na Facom há mais de 20 anos. Uma irmã da vítima também vive na capital baiana.