O grupo de acompanhamento formado pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps), representantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e Secretaria Municipal de Urbanismo e Transportes se reuniram na manhã desta quarta-feira (28) para discutir propostas para o fim da greve dos rodoviários em Salvador. Siga tudo sobre a greve em tempo real
Segundo Gervásio Firmo, advogado do Sindicato dos Rodoviários, após a reunião, uma nova proposta será analisada pela diretoria e votada em assembleia pelos rodoviários ainda hoje. Eles estão concentrados na sede do Sinergia, no Aquidabã. "Estamos em conversa com as empresas e prefeitura. Disso vai nascer uma proposta e vamos levar para a discussão interna. É possível que saia um bom resultado ainda hoje", explicou Gervásio.
Proposta negada
Inicialmente, a categoria pleiteava um aumento salarial de 15%. O acordo feito pelo Sindicato dos Rodoviários com os empresários, e depois negado, garantia 9%. Em nova reunião, os trabalhadores fixaram o pedido de aumento em 12%. Eles também exigem tíquete alimentação de R$ 17, sendo que o pedido inicial era de R$ 20; o acerto fechado pelo sindicato com os empresários previa R$ 13,08, contra os R$ 12 pagos atualmente. Eles também querem redução na jornada de trabalho para 6h20, com acréscimo de 1h para descanso.
Na segunda-feira (26), o TRT determinou que uma frota mínima com 70% dos ônibus circule por Salvador nos horários de picos. Caso a decisão não seja cumprida, o sindicato da categoria deverá pagar multa diária de R$ 100 mil.
Apesar da promessa da Secretaria de Segurança Pública (SSP) de disponibilizar a Polícia Militar para escoltar os motoristas que não aderiram ao movimento grevista, muitos trabalhadores decidiram não circular na manhã de hoje. Na BTU alguns motoristas apareceram para trabalhar, mas acabaram desistindo. Na União a situação era semelhante, porém a garagem amanheceu de portões fechados.
“A presença da PM nos principais corredores, além do trabalho ostensivo que já está sendo feito nas garagens, possibilitou que começasse a ser retomado o clima de normalidade na cidade. Continuamos trabalhando para aumentar a quantidade de ônibus de maneira expressiva durante o dia, devolvendo a sensação de normalidade à cidade”, disse ACM Neto durante reunião do grupo de acompanhamento.
Já na empresa Expresso Vitória, os motoristas decidiram sair para as ruas e garantir o efetivo de 70% da frota para a população. Alguns ônibus das empresas Vitral e Costa Verde - que circula na região metropolitana - também foram para as ruas. Na Barramar, cinco ônibus saíram das garagens por volta das 8h30. Todas as empresas circularam com escolta da Polícia Militar.
Medo de represálias
Cinco ônibus da empresa São Cristóvão retornaram para a garagem depois de circular até o aeroporto de Salvador na manhã de hoje. Os coletivos saíram juntos de Campinas Pirajá por volta das 8h, acompanhados por duas viaturas da Rondesp. Quando o grupo completou o itinerário, os motoristas se reuniram e decidiram voltar para a garagem.
Segundo um rodoviário que não quis se identificar, ele e outros colegas receberam ligações com ameaças e resolveram parar. No retorno, os coletivos não pararam nos pontos de ônibus para pegar passageiros. Matéria original: Correio24Horas Após reunião entre Setps e Prefeitura, rodoviários votarão proposta em nova assembleia
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