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Maria Carolina na Famed, Ufba (Foto: Amana Dultra) |
Entre os que repercutiram a conquista da jovem, aprovada para Medicina da Ufba, Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), uma amiga disparou pelo aplicativo : “Nada humilde você, sambou na cara da sociedade. Deu um tapa na cara de quem não passou na Unicamp”. A Unicamp é a segunda melhor Faculdade de Medicina do país, segundo ranking 2013 da Folha de S. Paulo, e está entre as nove melhores, segundo o Guia do Estudante. Comedida, Maria Carolina explica que optou pela Ufba porque preferiu manter o conforto de morar com os pais, além de admitir o sonho antigo de cursar a Ufba e o curto prazo que teve para realizar a matrícula em São Paulo. “Ter achado que fui mal no Enem me deu gás para a segunda fase da Unicamp que foi, de longe, a mais difícil”, diz a estudante que começou a desejar a Ufba desde que o pai se tornou médico pediatra.
Maria Carolina sempre manteve bons resultados na escola. A bagagem permitiu, assim, encarar com mais leveza as provas. Estudava até duas horas por dia, mas costumava se punir pelo devaneio no game Candy Crush. Entre escola e cursinho, de segunda a quarta-feira, ela ficava fora de casa das 6h30 às 17h. Às vezes, era a única plateia de cursos de apoio. Sobravam as quintas e as sextas, à tarde, para estudar em casa. Ela, então... dormia. “Claro que tinha peso na consciência, mas eu acordava muito cedo todo dia, então tinha sono e dormia umas duas horas”, lembra. Aos sábados, ia ao cinema ou saía para conversar com os amigos. Aos domingos, nada de descanso: ela debruçava-se nos materiais de estudo por cinco horas. A dica é perseverança. “Estava disposta a fazer mais um ano de cursinho caso não passasse”, conta. Em meio a tantos estudos, e o namoro? Acabou. Mas ela garante que não teve nada a ver com a rotina e que só terminou depois das aprovações e justamente por causa da incompatibilidade de horários: agora, um estuda de noite e o outro, de dia.
E que ninguém pense que o volume de estudos diminuiu. Interessada em livros com conteúdo histórico, ela estagnou nas primeiras dez páginas de O Físico (Noah Gordon). Isso porque, para semana que vem, tem a reles tarefa de decorar todos os nomes dos ossos do crânio. Eis uma ironia: um crânio estudando o crânio. Matéria original do Correio Aprovada em 6 faculdades de medicina, baiana conta como se preparou para provas
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