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SALVADOR

Arcebispo preside missa em memória da Madre Joana Angélica

Sábado (19) marca os 200 anos do martírio; missa será conduzida na Igreja da Lapa, em Salvador

Redação iBahia • 19/02/2022 às 7:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 17:39 - há XX semanas

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Neste domingo (20), o Convento e a Igreja Nossa Senhora da Conceição da Lapa, em Salvador, celebram uma missa em memória aos 200 anos do martírio da Madre Joana Angélica de Jesus.

O momento será conduzido pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Cardeal Dom Sergio da Rocha, às 10h, na Igreja da Lapa, na Avenida Joana Angélica, onde estão os restos mortais da religiosa.

A missa relembra o momento, durante a luta pela Independência do Brasil, que a Madre Joana Angélica de Jesus teve o sangue derramado por soldados que invadiram o Convento e a Igreja Nossa Senhora da Conceição da Lapa.

Quem é Madre Joana Angélica de Jesus?

Filha de uma família abastada, Joanna Angélica de Jesus nasceu em 12 de dezembro de 1761, durante o período colonial. Aos 20 anos foi aceita, em caráter de exceção, para o noviciado no Convento Nossa Senhora da Conceição da Lapa, localizado em Salvador, na Bahia.

Um ano depois, portanto, em 18 de maio de 1783, se tornou Irmã das Religiosas Reformadas de Nossa Senhora da Conceição (Concepcionistas), com o nome de Joana Angélica de Jesus.

Estimada pelos moradores da capital baiana pelos conhecimentos que detinha, madre Joana Angélica desempenhou inúmeras funções, sendo uma delas a de escrivã do Convento (de 1797 a 1801) e a de vigária (1812 a 1814). No ano de 1815 foi nomeada para o cargo de Abadessa, permanecendo até 1812 e retornando para esta mesma atividade religiosa em 1821.

Após o retorno de Dom João VI para Portugal, em abril de 1821, e com a regência de Dom Pedro II, as cortes constitucionais exigiram que este também partisse com o objetivo de recolonizar o país. As notícias referentes a este acontecimento soaram como uma declaração de guerra, o que provocou inúmeros tumulto.

Em 31 de janeiro de 1822, foi eleita uma nova Junta de Portugal, que chegou ao Brasil em 11 de fevereiro do mesmo ano, com a notícia sobre a nomeação do general lusitano Inácio Luiz Madeira de Melo como comandante das Armas da província.

Este general emitiu um ofício no qual ordenava ataques às casas particulares e ao Convento da Lapa, fato que aconteceu em 19 de fevereiro do mesmo ano.

A golpes de machado os soldados portugueses mataram, na porta da clausura, a Abadessa Sóror Joana Angélica de Jesus, que, com a própria vida, tentava evitar a invasão e a morte das demais religiosas.

Diz a tradição, a partir de pesquisas de diferentes historiadores, que a madre exclamou: “Para trás, bandidos. Respeitem a Casa de Deus. Recuai, só penetrareis nesta cada passando por sobre o meu cadáver”.

Processo de beatificação

O Convento da Lapa solicitou, em 2001, a inclusão da pesquisa de documentos comprobatórios do martírio da Madre Joana Angélica, para que se tornasse possível o processo canônico da beatificação da citada freira.

A pesquisa, conduzida pela pesquisadora Antônia da Silva Santos, iniciada em Salvador, consultou os seguintes locais: Arquivo Público do Estado da Bahia, Mosteiro de São Bento, Convento de Nossa Senhora da Piedade, Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, Biblioteca Central do Estado e Arquivo da Cúria Metropolitana.

Insuficiente, a pesquisa seguiu para outras localidades do Brasil. Em São Paulo, a pesquisa se estendeu ao Arquivo de Documentação e Iconografia, Museu Paulista, Arquivo do Mosteiro da Luz e Arquivo da Cúria Metropolitana. No Rio de Janeiro visitaram: Biblioteca Nacional, Museu Histórico Nacional e Mosteiro Nossa Senhora da Ajuda; e em Brasília foram consultados a Biblioteca do Senado, Biblioteca do Ministério da Justiça, Biblioteca Nacional e Arquivo Nacional.

Ainda em busca de material para constituir o processo de candidatura à beatificação, a pesquisa foi para Lisboa consultar o Arquivo Nacional da Torre do Tombo e Biblioteca Nacional; e, finalmente, a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.

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