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Aulas em Águas Claras são retomadas após operação policial

Escolas da rede municipal suspenderam aulas na sexta-feira (22) devido 'operação Saigon'

Redação iBahia • 25/09/2023 às 10:10 • Atualizada em 25/09/2023 às 12:54 - há XX semanas

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					Aulas em Águas Claras são retomadas após operação policial
Foto: Andréa Silva / TV Bahia

As escolas da rede municipal que estavam com aulas suspensas na sexta-feira (22) devido a operação "Saigon", em Águas Claras, foram retomadas na manhã desta segunda-feira (25). A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Educação (Smed).

Com isso, as escolas Eduardo Campos, Cantinho das Crianças, São Damião, Iraci Fraga e Francisco Leite retomaram as atividades. Cerca de 1.769 alunos foram impactados pela suspensão.

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A operação "Saigon" deflagrada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) resultou na morte de seis suspeitos e 15 prisões. Mais de 400 policiais participaram da ação que envolveu as forças policiais da Bahia e a Polícia Federal. Foram cumpridos 43 mandados de busca e apreensão em Salvador e Feira de Santana.

Na capital baiana, o alvo da operação foi um grupo suspeito de tráfico de drogas e mais de 30 homicídios. As buscas foram realizadas em uma área que liga a região do final de linha de Águas Claras e Cajazeiras 7, e que apresenta diversas saídas para a rua principal do bairro, a Estrada do Matadouro.

Das seis mortes, cinco aconteceram em Salvador e uma em Feira de Santana. Entre os mortos, um deles foi identificado como Eduardo dos Santos Cerqueira, conhecido como "Firmino". O suspeito seria uma das lideranças do tráfico de drogas em Águas Claras e é apontado como mandante de diversos homicídios na localidade.

Outro suspeito morto em confronto com os policiais é Gilmar Santos de Lima, mais conhecido como "Capenga". Segundo a SSP-BA, ele acumula uma extensa ficha criminal, incluindo tráfico de drogas e homicídio, e era chefe do tráfico nas Casinhas. A mãe de "Capenga" também foi presa como drogas, uma quantia de R$8 mil reais. A esposa dele portava uma arma.

Todos os custodiados foram encaminhados para a sede do DHPP, onde ficarão à disposição do Poder Judiciário. Um dos mandados de prisão foi cumprido no Sistema Prisional contra um homicida. Todo material apreendido será encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Balanço

Os recentes casos de violência em Salvador têm gerado impactos negativos para a área da educação. Segundo o balanço da Secretaria Municipal da Educação (Smed), entre janeiro de 2023 e sexta-feira (22), cerca de 21.968 alunos foram afetados em decorrência de operações da polícia e sensação de insegurança em bairros da capital.

No mesmo período, 70 escolas tiveram que suspender as atividades, por um ou quatro dias, dependendo da região.

Somente nas últimas três semanas, ao menos 10 mil estudantes da rede municipal ficaram sem aulas em bairros como Alto das Pombas, Valéria e Águas Claras devido a operações contra grupos criminosos.

De acordo com o coordenador da Associação dos Professores Licenciados do Brasil na Bahia (APLB-BA), Rui Oliveira, a rede municipal vem sendo mais afetada que a estadual, devido às creches e faixa etária contemplada pelo sistema educacional do município.

Além disso, Rui Oliveira destacou que a orientação é de prezar pela segurança de alunos, professores e servidores.

"A recomendação da APLB-BA tanto faz a nível estadual quanto municipal, é de que qualquer trabalhador e a comunidade escolar não sejam expostos nessa violência que ocupa a Bahia e Salvador também. Então, a nossa orientação é bem clara. Em áreas de conflito, não tem que expor a comunidade, as crianças, os professores. A nossa luta, em primeiro lugar, é a nossa vida", declarou o coordenador do sindicato.

O iBahia entrou em contato com a Secretaria de Educação do Estado para comentar sobre o assunto, mas até a publicação desta reportagem, não obteve respostas.

O Secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, afirmou ao iBahia que é natural a preocupação das pessoas em relação às ações policias, principalmente dos moradores das comunidades envolvidas, mas destacou que a população enxerga de forma positiva o trabalho das operações.

"De imediato quando a gente realiza uma operação como essa é até natural que haja uma preocupação da população, mas essas ações são justamente para garantir a segurança da população. Nós temos tido muitos retornos positivos da população em relação a isso. [...] Num primeiro momento, até por conta da ação, [serviços são impactados] mas de imediato os serviços começam a funcionária já com o policiamento reforçado, já sem uma atividade intensa das facções criminosas ali naquele local", destacou.

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