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SALVADOR

Baiana recebe prêmio importante na Alemanha

"Nós, mulheres, temos que pensar que podemos. Podemos entrar na ONU, no FMI e no Banco Mundial”, conta.

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30/03/2015 às 18:34 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:08 - há XX semanas
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No começo do mês, a baiana Millie Jessica, de 24 anos, conquistou o Zonta Student Award, premiação que valoriza pesquisas e trabalhos por mulheres na área política, social e econômica na Alemanha. Em entrevista ao site 'Correio Nagô', a estudante de Relações Internacionais, que nasceu em Salvador, contou que sempre quis estudar fora. “O povo baiano é um povo discriminado, visto como preguiçoso. Eu sou a prova que isso não é verdade”, contou Millie que estuda na Universidade de Hochschule Rhein-Waal, na Alemanha. Millie ainda contou que se sente privilegiada por receber um prêmio oferecido às mulheres dentro de uma área que é dominada por homens no Brasil. "Nós, mulheres, temos que pensar que podemos. Podemos entrar na ONU, no FMI e no Banco Mundial”, conta.
Baiana recebe prêmio que valoriza trabalhos realizados por mulheres na Alemanha
Millie é filha de ex-militar e de comerciante e pensa em maneiras de resolver problemas da sua faculdade e colabora para o desenvolvimento da Hochschule Rhein-Waal, que possui lugar de destaque no centro de estudo de educação superior. “Aqui, na minha universidade, muitos professores me reconhecem como uma das estudantes mais respeitadas da faculdade”, diz. Ela ainda fala sobre a ideia que os brasileiros têm de que os negros sofrem muito com o preconceito racial quando vão para o país da Europa Central e afirmou nunca ter sofrido racismo explícito na Alemanha. "Podemos notar alguns olhares, mas eu nuca passei pela situação de alguém me discriminar abertamente. As pessoas são punidas realmente quando ofendem, por conta da cor, uma pessoa aqui na Alemanha. No Brasil é muito mais fácil ver um branco rejeitando um negro", desabafou ao site 'Correio Nagô'. Sobre o futuro, Millie pretende desenvolver projetos que tenham o objetivo de educar crianças e mulheres sobre o lugar delas no espaço social e econômico. “Eu já estou entrando em contato com o Zonta para saber se eu tenho como desenvolver trabalhos como estes”, disse.

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